quinta-feira, 29 de maio de 2008

A dengue e a DESO.

De volta a 1980.
Em 1980, residindo na Rua Quintino Bocaiúva, em frente ao Abrigo de Menores (que nunca abrigou menor nenhum), hoje Colégio Estadual Deputado Djalma Lobo, durante a crise de água que se abateu em Itabaiana ao fim dos anos 70 e início dos anos 80, muitas vezes tive que tomar banho com a água salgada que jorrava de um poço artesiano que foi tapado, na esquina da atual Energisa, ex-Energipe. Estamos de volta.
Desde cinco dias que não sobe uma gota de água em minha caixa, no primeiro andar, coisa que não acontece desde 1992 por um período de mais de um dia.
Informações de que áreas inteiras da periferia como no Sítio Porto o drama é o mesmo.
É interessante. Num momento em que o Estado está sob uma epidemia de dengue, cuja doença é transmitida por um mosquito que, a rigor, se reproduz em água parada e limpa; em que se gasta horrores de dinheiro para educar o povo a não acumular água... mas, cadê a água?
As caixas elevatórias – poucas – construídas ou iniciadas no Governo Albano Franco o foram por uma orientação da Organização Mundial de Saúde que prega o fim dos reservatórios particulares, exatamente com a finalidade de evitar a reprodução de insetos vetores de doenças. Essa prática, a de não ter reservatórios em casa, já é comum nos países civilizados onde diretor de qualquer coisa é gente capacitada pra gerir; e não vaidosos atrás de holofotes, e locupletações, como infelizmente é prática usual e secular no Brasil.
O fornecimento contínuo é uma necessidade pra desestimular exatamente a prática de se proteger guardando água em casa. Água é vida!
Muito bem, e como fica o combate à dengue com o povo sendo obrigado a estocar água em reservatórios improvisados?
Que é que é isso, companheiros? Meu voto não é capim.