Numa noite quente, não lembro se de setembro ou outubro, residindo pelo primeiro ano na Casa do Estudante, em 1975, por volta da meia noite e trinta acordei sobressaltado. Um tiro, dois, três... acho que houve um quarto. Incontinenti, a putada e freqüentadores do Sambão saíram em polvorosa pela Rua Quintino Bocaiúva em direção ao centro. Não demorou e um carro também passou, em velocidade média, com o motorista em atitude típica de quem de nada sabia. Só que dentro dele vinha um cidadão a quem as putas em correria, antes dele, já havia denunciado de ter o mesmo matado um cicrano. O Sambão era um inferninho, um brega que funcionava na saída para Aracaju e Campo do Brito, ao fim da Rua Quintino Bocaiúva, em frente à rótula desta rua com a Avenida Manoel Francisco Teles. Soube que se tratava do fulano porque um colega, também conterrâneo seu, lívido, chegou ao meu lado e disse: Fulano é aquele assim, assim, que passou no carro.
Ah, até onde sei, o Fulano nunca foi sequer denunciado. A história morreu aí. Mas a memória de um garoto de 15 anos permaneceu ocupada, lá num cantinho, com tal cenário.
A Casa do Estudante, na sua seção masculina (tinha a casa das moças, também, onde atualmente funciona a Secretaria de Ação Social), ficava de frente ao SENAC atual, a 100 metros do Sambão.
Ah, até onde sei, o Fulano nunca foi sequer denunciado. A história morreu aí. Mas a memória de um garoto de 15 anos permaneceu ocupada, lá num cantinho, com tal cenário.
A Casa do Estudante, na sua seção masculina (tinha a casa das moças, também, onde atualmente funciona a Secretaria de Ação Social), ficava de frente ao SENAC atual, a 100 metros do Sambão.