sábado, 21 de janeiro de 2023

SOB A SOMBRA DE SANTO ANTÔNIO E ALMAS

 

Na próxima quinta-feira, 26 de janeiro, a Paróquia Nossa Senhora do Bom Parto, a sexta, diretamente derivada da de Santo Antônio e Almas celebra sua festa máxima, cujo novenário foi iniciado na última terça, 17.
Ainda é a segunda maior festa religiosa que ocorre no calendário religioso itabaianense; a despeito do município hoje contar com inúmeros templos de outras religiões; e até na própria religião Católica Apostólica Romana já constar sete paróquias, todas dentro da cidade.
A Paróquia Nossa Senhora do Bom Parto foi a primeira surgida no católico município de Itabaiana, que não veio como divisão do mesmo para a criação de outro. Assim foi com a primeira divisão – Nossa Senhora da Boa Hora do Campo do Brito – em que pese os 67 anos desde a criação da paróquia e emancipação política; a segunda divisão, com a Paróquia de São Paulo (Frei Paulo); a do Sagrado Coração de Jesus, de Ribeirópolis; e finalmente a Paróquia de Santa Terezinha do Menino Jesus, de Moita Bonita. Dessas, apenas a de Santa Terezinha ainda não gerou outras.
A Paróquia de Nossa Senhora do Bom Parto surgiu da premente necessidade de expansão da Igreja Católica, a fazer frente ao processo de crescimento da cidade de Itabaiana, que agora na última década, pela primeira vez no regime republicano voltou a ter crescimento positivo; além do natural pelo crescimento vegetativo de sua população, passando dos cem mil habitantes. Oito anos depois foi a vez da Paróquia de Nossa Senhora do Carmo, supostamente num dos domínios setecentistas da Ordem Carmelita em Itabaiana (ainda carece de averiguação; por enquanto, somente indícios).

Sob o horizonte serrano, a serra de Itabaiana e toda a cadeia serrana lhe confere uma visão privilegiada.

A Matriz de Nossa Senhora do Bom Parto está ereta num dos locais de mais visibilidade de Itabaiana - aproximadamente 20 metros acima da Matriz de Santo Antônio - no alto onde fica o núcleo de distribuição de água encanada, com visão privilegiada em todas as direções. Foi usado um terreno doado pelo Município, na Praça José Francisco de Mendonça (Chiquinho de Chico de Miguel), no Conjunto Euclides Paes Mendonça, Bairro Rotary Club, doado pela Lei Municipal 694, de 27 de março de 1991.
Quando houve a doação do terreno, restos do sítio indenizado pela Cohab em 1981, para a construção do Conjunto Euclides Paes Mendonça, ainda estavam de pé. Das fruteiras então existentes, caíram a jaqueira, um cajueiro e os pés de jabuticaba para dar lugar à Matriz, em 1991; e as demais fruteiras tiveram o mesmo fim quando em setembro de 1992 a praça foi pavimentada, no fim da primeira administração de Luciano Bispo de Lima, e com a urbanização da praça, pelo Prefeito João Alves dos Santos, no segundo semestre de 1993.
Destes 32 anos de existência, somente nos infaustos anos de 2020 e 2021, durante a pandemia da covid-19 é que o auge das comemorações, qual seja a procissão festiva não ocorreu. A mesma, esse ano terá lugar quinta-feira, dia 26, também feriado municipal em Itabaiana, alusivo à santa.


quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

ECOS DE UM PASSADO BEM RECENTE.


 

Lançado hoje, na emblemática Biblioteca Epiphânio Dórea, na Capital sergipana mais uma obra do contista, romancista e historiador, Desembargador Vladimir Souza Carvalho. Amanhã, às dezenove horas será a vez do lançamento em Itabaiana, mais precisamente na sede da CDL, vizinha à Câmara Municipal e ao Ministério Público Estadual, antepenúltimo trecho da Avenida Dr. Luiz Magalhães, quase na entrada da cidade.
Seriamente, perdi as contas dos lançamentos de Vladimir Souza Carvalho, seja os títulos sobre História de Itabaiana, seus contos, romances... e os inúmeros livros técnicos na área do direito, onde, como já enunciado hoje é desembargador.
Porém devo confessar que nele tenho um mestre. Foi uma apaixonante leitura de “Santas Almas de Itabaiana Grande”, a mim, uma espécie de bíblia sobre a historiografia de meu lugar, que em 1975, dois anos depois de lançado, descobri que Itabaiana não era um lugar qualquer. Desde então me acendeu a curiosidade para saber mais; ir a fundo. E vinte e cinco anos depois, e uma internet novinha, se quebrando, à mão mergulhei com desmedida paixão e fiz disso uma missão de vida.
O livro lançado hoje em Aracaju, e que amanhã, 19 estará disponível a partir das dezenove horas trata de um tema inesgotável. “Euclides Paes Mendonça: um político do passado”, é uma rememoração do político que em apenas 13 anos tanto marcou, ousaria dizer, revolucionou.
O garoto Vladimir foi testemunha do brutal assassinato de Euclides Paes Mendonça e seu filho Antônio de Oliveira Mendonça no dia 08 de agosto de 1963. Ele era um dos estudantes perfilados, sob o comando do Padre Artur e agitação no alto falante pelo ex-deputado estadual, Djalma Teixeira Lobo, a clamar o “slogan”: queremos água.
Certamente, testemunha ocular de uma época, trará muita surpresa em mais uma sua produção literária.
No aguardo, e até amanhã.

domingo, 15 de janeiro de 2023

TUDO E NADA.


 Cogito, ergo summ (Penso, logo existo) 

Descartes.


Estimulado pelo Dr. Brian Cox, num certo documentário realizado pela BBC entrei num daqueles momentos que a gente mergulha profundamente de cabeça em nosso eu para encontrar o universo em toda sua extensão máxima racional; onde até nossa compreensão pode ir.
Especificamente a cena e correspondente narrativa se refere à minúscula camada de ar que circunda a nossa pedra azul, solta no espaço, correndo como uma louca seus cem mil quilômetros e girando a um mil e seiscentos por hora. Delgadíssima. E se a gente sobe apenas três quilômetros dentro dela, o gás mais precioso – o oxigênio – começa a faltar cada vez mais, sendo impossível se sobreviver na parte mais alta da camada conhecida como troposfera.
E aí, me dei conta da pequenez, da minha verdadeira situação no planeta, de como sou irrisório.
Porém, essa percepção vem de algo que é só meu. Tão grandioso e tão meu que quanto mais eu o dou, mais em mim ele se agiganta: o conhecimento. Trocando em miúdos, aquele axioma popular: “quanto mais a gente ensina, mais aprende o que ensinou”.
Se não existisse um Deus, Ele teria de ser inventado.