sexta-feira, 24 de julho de 2020

O PREÇO DA IRRESPONSABILIDADE.


Essa é a rotina há milênios: notou-se qualquer doença de média ou alta transmissibilidade? De imediato, isola-se a área, limitando o movimento das pessoas; procura-se historiar, com o maior detalhamento possível o surgimento da pestilência; procede-se exames minuciosos em todos os habitantes da área e aqueles de fora e que com eles tenham tido contato; e em seguida, os demais cuidados de assistência, em saúde e até econômica, quando devido. Isso é o que faria qualquer governo responsável com seus governados. Desde que não fosse um governo de aventureiros ignorantes e brutos, conduzido por espertalhões agiotas, da banca, logo imediatistas, e apoiado em legiões de néscios vomitando idiotices, supostamente ideologizados.

“Cabeça que não pensa, o corpo é quem padece”.

Ninguém lembrou de fechar portos – inclusive os secos – aeroportos com contato com o exterior, nem endurecer a fiscalização e controle na fronteira terrestre, mesmo quando a China já alertava o mundo para um vírus descontrolado que por lá supostamente aparecera. Milhares chegaram nos aeroportos de Manaus, Fortaleza, Recife, Salvador e São Paulo, especialmente, sem sequer uma rápida entrevista; quanto mais com um procedimento padrão num mundo globalizado e com uma peste anunciada no planeta humano, que seria a anamnese, testagem, e, no mínimo controle de quarentena, isolado ou não.
Resultado? Milhões de empregos indo pra lata do lixo; milhões de micro negócios indo pro ralo, falências ameaçando toda a economia, grandes e pequenas empresas... o país parando. Há quatro meses! Sem contar com um drama terrível que é a questão das sucessões, com sua intrincada rede de intrigas além dos naturais problemas em casos de desparecimento dos dirigentes empresariais, vitimados pela peste.

Voltaremos a ser uma republiqueta terceiro-mundista

Tudo evitável. Ou no mínimo controlável.
Deu uma tristeza danada, hoje, ao sair no centro comercial de Itabaiana e ver a quantidade de lojas fechadas - um volume expressivo dos endereços já para alugar – e o que permanece aberto, sob uma espada de Dâmocles eternamente plantada em suas jugulares.
Vamos retroceder como na República Velha; porém com os agravantes de não termos mais uma região em que o enriquecimento seguirá de vento em popa, e a rapidez da queda: vinte anos na República Velha e apenas sete agora.
Nós não merecíamos isso.
Completamente evitável.
E os números da peste prometem mais dois meses de sufoco e uma sequência de mais um ano de pesadas ameaças.
Que Deus tenha piedade de nós; pois, governo, no principal é um desastre total. E o resto somente pode tentar remendar cobertor puído se partindo a cada menor empuxo.