quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

A OLHOS VISTOS

A EXUBERÂNCIA ECONÔMICA ITABAIANENSE NOS 20 PRIMEIROS ANOS DO SÉCULO.


Crescimento nos anos: 2004-188,2%; 2010-10,3%; 2011-9,3%; 2012-8,4%; 2013-8,2%; 2014-1,6%; 2015-15%; 2016-13,7%; 2017-7,3%; 2018-6,4%; 2019-6,8%;
Longe está do ‘boom’ verificado em 2004, quando a frota itabaianense cresceu estratosféricos 188,2%; mas, também bem distante do atípico 2014, a redução pequena, no ímpeto de crescimento demonstra que continuamos em pleno vigor; e até um pouco descolando-se da situação geral do país.

A quem vive na cidade é impossível não notar; e, para os viajantes temporários que visitam Itabaiana a cada ano ou mais, e que costumam bem observá-la é chocante o progresso material em todos os sentidos; contudo, no mais sintomático de todos numa sociedade de consumo - o transporte - é assombroso se chegar na cidade e rodar muito para encontrar um vaga de estacionamento: a frota de automóveis cresceu mais de 11 vezes nos últimos 20 anos. Para quem achar isso muito, já que vigoroso crescimento nacional foi de três vezes e meia no mesmo período, o drama do estacionamento não se tornou pior graças a um “jeitinho” itabaianense: motocicletas, motonetas e ciclomotores. Juntos, os três perfizeram a soma, em 31 de dezembro próximo passado, de 34.442 unidades; uma para cada três habitantes do município. No segmento de duas rodas, em 20 anos tivemos o incremento de 22,6 vezes, contra 6,5 vezes ao nível de Brasil, para mais de 100 cilindradas; e de 34 vezes, contra 11 vezes no plano nacional, quando se trata de até 100 cilindradas, onde, culturalmente o tipo mais comum é a Bizz, da Honda. Não se dispõe de números relativos ao aumento dos ciclomotores devido a este tipo ter começado a registro obrigatório somente no quarto trimestre de 2015 para cá.
Caracteriza uma explosão de poder aquisitivo também o fato de que, nos segmentos típicos de prestação de serviços, os números se assemelharem aos do país. O caso do caminhão, que levou a cidade a ser agraciada com o título de Capital Nacional do Caminhão, em 2014 (Lei 13.044, de 20 de novembro de 2014) é exemplar: cresceu 4,6 vezes em 20 anos, pouco mais que o dobro do nacional que foi duas vezes, destacando-se mais no segmento caminhão-trator com o vigoroso crescimento de 12 vezes contra menos de 4 nacional.

Sinais irrefutáveis de enriquecimento.

Porém, o mais veemente sinal de enriquecimento entre os seus habitantes está na disparada do seguimento caminhonete, as off-roads: cresceu de meras 41 unidades em 2001 para 3.160 até o último 31 de dezembro; crescimento de 77 vezes. Nacionalmente também houve forte crescimento; mas de 27 vezes, quase um terço. Em Itabaiana, portanto, o segmento obteve crescimento de quase três vezes os níveis nacionais.

Mais de 20 pontos de estacionamentos exclusivos para motocicletas, motonetas e ciclomotores reduzem a estresse da falta de estacionamentos; mas está longe de solucioná-los.

Problemas de mobilidade

À presença de tantos veículos nas ruas é inevitável os engarrafamentos, lentidões, queima excessiva de combustível, e muitas vezes é mais vantagem deixar o carro em casa e ir a pé, especialmente quando o foco da viagem está no Centro, e se não mora tão distante. Torna a situação mais dramática certos gargalos, como as duas feiras livres semanais, além do atacadão de frutas, legumes e verduras das quintas-feiras e já de algum tempo das sextas. Esse último, parece estará resolvido em breve com a inauguração da CEASA; já a feira livre... é uma identidade serrana: é mais fácil se mudar a cidade.
Como cidade centro regional, Itabaiana ainda conta uma frota flutuante diária, oriunda da capital, mas em maior número de cidades da região. Neste caso se não tem estatística, mas seguramente o número local de automóveis e acrescido de 5%, de segunda a sexta-feira. Haja espaço.