terça-feira, 26 de janeiro de 2010

1958

Repito(ver aqui): 2010 está a cara de 1958. Não entrou ninguém de Itabaiana na Assembléia Legislativa. A única vez na História itabaianense. Desde a primeira eleição para a Assembléia em 1826 até 2006.
Pra entender o porquê do comentário, aqui:

domingo, 24 de janeiro de 2010

O fator Valadares

Antonio Carlos Valadares é o maior político de Sergipe. Na política desde 1966 quando foi eleito prefeito de Simão Dias, e com batismo na política estadual em 1970, quando obteve 5.873 votos para a Assembléia Legislativa (4° entre 11), só ficou sem mandato uma vez, e em nome da causa. Foi quando terminou seu próprio governo, tendo ali gerenciado o acordão que rejuntou Albano e João, como em 1982.
Já foi quase tudo que um político pode querer ser: prefeito, deputado estadual, senador, secretário de Estado e até governador. Só faltam os extremos: vereador e presidente da República.
Em 1994, como quem não queria nada se encastelou numa vaga de Senador por Sergipe onde ainda hoje está. 43 anos de poder. Não se conhece grandes lances de ousadia de sua parte, nem também grandes denúncias por suspeitas de mal encaminhamento da coisa pública. Não é demais lembrar que falamos de política sergipana, uma das mais complicadas e viciadas do Brasil, logo, matéria-prima pra toda a sorte de desatinos: incluindo roubos a assassinatos. O grande lance teria sido seu apoio de imediato à proposta do grande brasileiro Dr. Adib Jatene que criou a CPMF, viabiliazando de vez o SUS. Além de matéria espinhosa, já que cobrança de impostos, Valadares não somente não quis usar o fato como promoção política, retirando de Jatene a paternidade da efetivação do SUS, como foi habilidosíssimo quando quiseram jogar sobre ele a batata quente pela cobrança do imposto "pega-ladrão" (ladrão detesta ser chamado de ladrão).
Não acredito em fritura de Valadares por parte do governador Marcelo Deda como fazem supor certos comentários. Não acredito que Valadares se afaste de Deda, como sugeriria os mesmos comentários. Quanto à suposta substituição de Belivaldo Chagas na candidatura ao retorno à vice-governadoria, se necessário, Belivaldo irá, sim, ao sacrifício. Do mesmo modo que Valadares foi em 1992. E daí? É só de cargos eletivos que vive o homem público? Belivaldo vive mostrando grandeza republicana tal qual Valadares: nada de vale-tudo.
Quanto a Deda, em sendo reeleito haveria relativo prejuízo a depender de quem viesse a ser seu companheiro de chapa: nem em todo mundo se pode confiar. Mas são ossos do ofício.
Valadares não admite chefe que não ele mesmo. Mas também nunca teve a menor intenção de jogar perigosamente pra ser o maior; o chefe dos chefes. Logo, republicanamente, a aliança com Deda e o PT foi a melhor coisa que encontrou: ninguém manda em ninguém; todos se respeitam.
O resto é torcida de urubu magro pela morte do boi gordo e saudável.
Tudo bem que política é como nuvem; mas certas nuvens provenientes das Matas do Caiçá, como estas estão na fronteira, parecem contaminadas com o dinamismo baiano, segundo fama corrente.