sexta-feira, 31 de março de 2023

LIMPEZA DE OUVIDOS; ENLEVO DA ALMA.

 

Hoje é dia de enlevar o espírito com os sons harmoniosos da Orquestra Sinfônica de Itabaiana, a OSI, da Sociedade Filarmônica Nossa Senhora da Conceição, em mais uma magistral condução do maestro Ângelo Rafael.

Será na sede da Câmara de Dirigentes Lojistas de Itabaiana, na Avenida Dr. Luiz Magalhães, Bairro Marianga, a poucos metros da principal entrada da cidade e vizinho à Câmara Municipal de Itabaiana, a partir das 19 horas.
Depois do cafezinho devo me dirigir para lá.

segunda-feira, 27 de março de 2023

DE VOLTA AO MISERÊ?

 

O modus operandi é clássico: sempre que uma gangue quer atacar um lugar, primeiro faz o estudo da área; onde está o que realmente importa roubar, tomando-o de assalto. Depois, divide o bando em três partes: a turma da baderna, que vai na frente, dando tiros a esmo e até acertando alguns azarados; em seguida a turma de apoio, contra qualquer reação e resistência, e em terceiro os “técnicos”, mapa à mão, e objetivo claro: ir onde está o tesouro. Enquanto os baderneiros, lá fora, gastam os últimos tiros e destroem coisa sem importância, para desviar a atenção dos horrorizados e impotentes cidadãos. Sucesso total.
Na última década foi isso aplicado, não a um vilarejo de quinhentas ou no máximo mil pessoas; mas à então sexta economia do mundo – Brasil – que então desabou de volta ao décimo quarto lugar mundial, enquanto os ricos ficaram podres de ricos, concentrando quase todo o pequeno crescimento pra si. “Eu sou menos miserável que você”, é a lógica.
Depois da quebra institucional de 2016 desembestou tudo. Sob as mais esdrúxulas – e até desonestas – justificativas. E a maquininha de marcar preços voltou aos tempos de triste memória da inflação dos anos 80.
Tudo é motivo para justificar aumento de preços: a China tá comendo carne; aumento da gasolina, a pandemia e agora a guerra na Ucrânia cobre toda e qualquer desonestidade.
Até a década de 60, havia famílias que de tão números de filhos e carente de recursos tinha que usar um ovo cozido, cortado em cruz, com cada quarto dado para um determinado filho.
Nos anos 70 melhorou; mas nem tanto: ainda era um para dois; nos 80 a ração continuou a crescer. Lentamente. Aí já era um por dia e por filho.
Resumindo, na década de 10, passada, quase todo mundo podia ostentar. Já não era privativo de ricos ter dois e até quatro ovos por pessoa em cada refeição.
O assédio do “carro do ovo”, todas as manhãs, com uma cartela de trinta ovos por dez reais virou meme. Menos de três reais e cinquenta centavos por dúzia.
Em 6 de outubro de 2016, o bolo de meu aniversário próximo foi preparado com cartelas de ovos de uma dúzia, proveniente de um supermercado aqui de Itabaiana... um desperdício: R$ 4,69. No carro do ovo sairia por R$ 3,33.
Atualmente, no “carro do ovo” – quando passa – são 18 reais; 80% de aumento. E nos supermercados, geralmente um pouquinho mais.
Se brincar, retornaremos aos tempos do ovo repartido em quatro pedaços com uma linha de cozer.
Vade retro! Cruz, credo.

Meme rolado nas redes sociais em 2016