quarta-feira, 15 de junho de 2022

A ETERNA SETA DO TEMPO.

 

Amostra mínima das transformações:
(1) Mansão de Zeca Mesquita (foto de 1985), onde hoje está a Igreja Presbiteriana; (2) o sobradinho de Seu Josué (enfermeiro Josué Menezes, do Hospital Dr Rodrigues Dória, foto de 1995) foi demolido no ano passado,depois de décadas de existência. Postado numa das esquinas mais importantes da cidade (início da Avenida 13 de Junho na Manoel Francisco Teles) agora transformado em moderna loja.
(3)A praça Fausto Cardoso, por volta de 1984; (4)a primeira versão da Pizzaria Lilla(início dos 80), também a primeira de Itabaiana, próxima ao semáforo da Rua Sete de Setembro na Rua São Paulo, e (5)a versão atual, na badaladíssima Avenida Rinaldo Mota. Sequencia de 13 de Junho.
Sempre na mesma direção, como disse Cazuza, repetindo Carl Sagan que, de fato não inventou a roda: "o tempo não para".
Observando minha aldeia de Santo Antônio de Itabaiana, essa é a mais pura verdade. A entropia cuida para que “nada do que foi será do jeito que já foi um dia”. E aqui a inquieta mente humana e seu lado Shiva de sempre está destruindo pra reconstruir, sempre e sempre.
Vivendas outrora faustosas e cheias de vida, hoje, talvez seja até mais faustosas e cheias de vida, mas num outro sentido.
Casas humildes deram lugar a verdadeiros monumentos à ostentação, ou não. Obviamente que na maioria, “sob nova direção”.
E os jardins de outrora? Tinham aqueles que tinha a flor A, a flor B, a C, e pelo menos mais outro tanto de letras, que era uma tentação aos zangões de sempre (eu, não; sempre fui tímido. E por isso comportado).
E tinham os “points”. Todos desaparecidos. E tinham as passarelas. Hoje completamente mudadas.
Uns 15 anos atrás observei na Praça de Eventos Etelvino Mendonça a recriação de um movimento translatório, um ritual quase obrigatório observado nos anos 70 e 80 no super point daqueles tempos: a Praça Fausto Cardoso. Era careta não ir à Praça, e principalmente não se enturmar para paquerar o sexo oposto e quem sabe, dali evoluir até casamento... circulando a Praça. Postado então na Praça de Eventos vi o mesmo tipo de movimento se formar nos limites dela.
Hoje os points são outros. A maior concentração está sendo no avenidão de acesso ao Chiara Lubich. Até a vetusta e experiente Pizzaria Lilla, a primeira da cidade e já embocada na quinta década de existência... está por lá.
Daqui a mais 40, certamente alguém dessa geração teen vai estar repetindo lembranças iguais a essas, relativos aos dias atuais.
“E lá se vai mais um dia”.

terça-feira, 14 de junho de 2022

COMEMORAÇÃO. POR QUE NÃO?

 

 Depois de amanhã, 16 de junho é mais uma data no calendário de efemérides históricas, de grande significado para Itabaiana.
Em 16 de junho de 1700, o rei bateu martelo: estavam nomeados de uma só vez o prefeito, seu secretário; o secretário da Câmara Municipal de Itabaiana e os dois tabeliães dos respectivos cartórios de 1º e 2º Ofícios.
O tempo da demora decorrido foi de dois anos e oito meses, entre a instalação da Câmara - a emancipação de Itabaiana - e as respectivas nomeações; depois de todo o périplo em que se contabiliza os habituais 15 dias para o comunicado chegar a Salvador, a demora do despacho do Governador-Geral, o achar o transporte ideal – a nau - de Salvador à Lisboa, a enorme burocracia imperial portuguesa, as negociações sobre que viria; até o ato final: a assinatura do rei, justo no dia 16 de junho.
Estavam ali criadas as condições mínimas para vila, sede do Município funcionar até hoje, trezentos e dois anos depois.
O alcaide, João do Costa Feyo não veio assumir na Câmara, sendo substituído 2 anos depois; seu escrivão, Manoel da Silva de Souza no entanto, o escrivão da Câmara, Agostinho Ximenes Correia, o tabelião do 1° Ofício, Leandro Correia Vasconcelos e do 2º Ofício, Manuel João do Cabo se integraram aos cinco vereadores empossados por ato de 20 de outubro de 1697.