terça-feira, 21 de junho de 2022

MÃOS QUE OFERECEM ROSAS...

 


Ontem, 20 deste junho do ano de Nosso Senhor Jesus Cristo de dois mil e vinte e dois, na capela de Nossa Senhora de Nazaré, celebramos os 85 anos de vida, muito bem vividos da Irmã Luciana Correia Quaresma.
Uma, simples, porém bonita festa. Os quase cem presentes lotaram a capelinha construída nas dependências da ONG, Mãos Amigas Nossa Senhora de Nazaré para ouvirmos a Missa celebrada pelo padre Edivaldo Santana, pároco de Nossa Senhora do Carmo, em cuja paróquia está contida a capela. Vários de nós da legião de amigos, beneficiados diretos ou não da sua extensa obra de caridade, presentes.
Depois da Missa na aconchegante capela, os momentos de expressões explícitas de afetos, fotos, no prédio da ONG, que brevemente deverá retornar às atividades depois da pandemia que, graças a Deus foi controlada e está quase em zero entre nós.
Nascida em 20 de junho de 1937, do casal José Teixeira do Vale e Emília Brito Correia, no município de Arouca, região da cidade do Porto, origens de Portugal no distante século XIII – a primeira nação europeia moderna a se formar – a garota de família pobre enfrentou muitos desafios, desde tenra idade, trabalhando desde os nove anos de idade até os dias de hoje. Pelo seu portfólio de serviços já poderia ter-se sentado à uma gostosa cadeira de balanço para remoer na mente as suas numerosas vitórias, seja em promoção pessoal de necessitados, nas inúmeras vivendas construídas para carentes, encaminhamentos, curativos – físicos e espirituais – ou nos grandes projetos, como esse atual das Mãos Amigas Nossa Senhora de Nazaré, no antigo povoado de Moita Formosa, hoje urbanizado e parte do Bairro São Cristóvão, em Itabaiana; ou do grande projeto construído em Ilhéus, Bahia, quando por lá esteve, no quarto de século que compreende o pós-1990.
Mas a Irmã Luciana é sinônimo de trabalho caritativo. Ritmo mais lento, aos 85 de idade, contudo, certamente não parará; será parada pelo chamado do Alto. Quando Ele assim decidir.
Estará em viagem no próximo dia 25 para rever sua família consanguínea em Arouca. Se retornará para o nosso meio ainda se não pode dizer; mas que deixará de trabalhar pelo próximo, com toda a certeza dizemos que não. Onde estiver e com quem estiver.
Da nossa parte, que venham dezenas de datas de ontem a quem volta e meia está cantarolando:
“Fica sempre um pouco de esperança às mãos que oferecem rosas; às mãos que oferecem rosas. Às mãos que sabem ser generosas.”
Parabéns, benfeitora!
Parabéns, nós que tivemos a sorte de privarmos da sua presença.