quarta-feira, 14 de abril de 2021


“POIS EU QUERO FICAR VELHO TENDO HISTÓRIA PRA CONTAR” (Sivuca) 

Afinal... o que restará mesmo é só a história, né? 

Meus 18 anos e um pouco do que representou está aqui, neste número do mimeografado (já existia fotocópia, mas era muito caro) de O CEBOLÃO, treino inicial para o futuro doutor em jornalismo, Luciano Correia. 

Aqui está um mundo estudantil, cujo mais alto degrau girava em torno do Colégio Estadual Murilo Braga e seus cinco mil alunos; mais que a população de 55 das 75 cidades de Sergipe, na época, para ilustrar, uma cidade, de Carira, sem a população da zona rural, obviamente (Censo do IBGE de 1980). Aqui está o mundo de festas e curtições, com Los Guaranis, num contrato para animar um baile de debutantes, por quinze mil cruzeiros (hoje R$ 11.961,78 pelo IGP-DI); com mesas vendidas por volta de RS 170,00, e individual, R$ 90,00, programado para o dia 10 de dezembro. Estão os points da época: boite Tchan, do Aruanda Club e então badaladíssimo Bar Tia Joana, do saudoso João e do irmão Wilson Cunha, meu amigo Gia, o Grucaiana, se preparando para estrear sua peça, autoria de Gilmar Carvalho e direção de Ginaldo de Jesus (além de atuação) e as contemporaneidades, recém nascidas, como a Rádio Princesa da Serra, ou veteranas, como a Rádio Cultura de Sergipe e Rádio Atalaia, ambas AMs, esta, a bam-bam-bam do estado, especialmente com a Paradinha do Chicão, a minha iniciação no pop, desde 1975. 

Na lista das debutantes, as hoje senhoras: Lígia Moreno, Valneide Vieira, Rivalda Lima, Naira Vieira, entre outras. Como não poderia deixar de ser, dentro da carga de variedades cabe até história de discos voadores, uma mania da juventude de então em trânsito por Asimov, Daniken e outros quetais. 

Do ponto de vista de apoio financeiro supostamente a publicação ia muito bem. Estão lá: - Magazine Vevana, com Dedé de D. Maurina e outras, além de esporadicamente Naira, filha da até hoje britanicamente fleumática Maria Vieira e sua clássica pose aristocrática (Gosto de ver: não sai da linha. Bom gosto acima de tudo); - o Foto Romeu, com o próprio e saudoso dono, seu filho Reynolds e a saudosa Helena; - Fotocópias Xerox que logo depois viraria a nova sede da Gráfica Tavares, do amigo Fefi, sua esposa a saudosa D. Marlene, e Seus filhos Marcos e Carlos Henrique; - o recém instalado Centro de Análises Clínicas, terceiro laboratório de patologia (segundo privado) da cidade, do amigo Vivaldo Vieira; - a Socic, então dirigida pelo meu saudoso amigo Adailton, e com os também amigos Rudinei, Taurino entre outros - Panificação Joia (depois Farmácia Santo Antônio). - Escola de Datilografia Kelly; - e o odontólogo José Agnaldo Santana, e seu consultório junto a tradicional padaria do seu saudoso pai, Zé Gordinho. 

Uma viagem!