domingo, 28 de agosto de 2022

DEDO NA FERIDA

  Uma das coisas importantes numa discussão é a imposição de consensos.
Nessa linha, a sociedade de espetáculo em se transformou a vida moderna, midiatizada, onde, a priori vale muito mais a aparência, a mídia se fez uma religião, com seus veículos se tornando exponenciais templos, seus comunicadores, especialmente os jornalistas/radialistas-âncoras transmutaram-se em pastores ou até semideuses, seus escritos ou falas versículos sagrados e a na massa midiatizada (midiotizada?) os crentes, como sempre cegos pela inquestionável fé. E, o principal logro da mídia foi fazer a própria imagem de onipotente, imaculadamente justa.
Hoje, que haverá debate, ao que parece avassalador na mídia – TV, rádio e canais na internet - entre os presidenciáveis de 2 de outubro, o jornalista Nelson de Sá traz na Folha de São Paulo um artigo-questionamento muito interessante em “Debates tiveram era de sobrevalorização e hoje lutam para existir”: teriam os debates, produto meramente midiático, tanto poder assim de definir uma eleição? Mudar ou mesmo confirmar uma tendência de voto?
Como marketeiro amador local – e aposentado há 18 anos depois de 20 de ação – tenho pra mim que não. Se o candidato não tiver substância não vai “nem com reza de santo macho”. Mesmo hoje com todos os algoritmos do mundo.
A mídia pode muito; mas não pode tudo.