domingo, 29 de agosto de 2021

FESTIVAL ITABAIANENSE DA CANÇÃO - EPPUR SE MUOVE!

 



Ontem, do começo da noite e se estendendo até às vinte e uma horas, quatro décadas e mais, depois de ter sonhado um dia isso realizar, e eis que me vi no Primeiro Festival Itabaianense da Canção; não somente assistindo e me deliciando, mais com a responsabilidade, dividida com mais quatro valorosos companheiros de apontar dentre os dezessete finalistas, divididos em categoria municipal – sete deles – e categoria estadual os demais dez, os vencedores que, para minha surpresa, a previsão de apenas a premiação do mais pontuado na categoria estadual se estendeu também aos segundo e terceiro lugares, repetindo a padronagem da categoria municipal, além da premiação extra recebida via votação pela internet da adorável banda de rock, Cebola Radiativa.
Ao fim das contas, dos dez finalistas, sete receberam alguma premiação.
O que foi uma pena que não pudesse houver mais primeiros lugares: hoje eu estaria de consciência mais tranquila; mas foi o possível. Alguém tinha que ir para o alto do pódio, e, estes lugares foram ocupados Geo Santos, na estadual, e o eletrizante Fábio Jean no municipal, cujo, com pontuação de 217,5 pontos, de um máximo de 250 pontos possíveis ficou a apenas 0,5 (meio) ponto do segundo colocado, o garoto prodígio, o fantástico Rodrigo Graça. Ainda na categoria estadual foram segundo lugar o sandominicano Tatua; e em terceiro teve a Marcela Rúbia. No municipal ficou com o terceiro, a voz doce da menina Laryssa Emanuella.
O nível, como já insinuei, alto. A banda Kilo de Inhame, veio arrebentar: trouxe um manguebeat excepcional, formidável mesmo; a veterana Gaby Oliver, ex-Alma Gêmea, dentro do seu estilo tradicional do arrocha veio com uma letra bem ousada; houve as toadas vaqueiras dos também já veteranos, Reinaldo Kaceteiro e do Ivanilson Paixão; os lindíssimos sambinhas pró-Bossa,  do ritmo adolescente da Carla Costa e o da voz macia, cadenciada da Marcela Rúbia; os ritmos tipicamente de forró do Mimi do Acordeon, da Érica Barbosa, da Rebecca e do Tatua, e o lirismo do Fabio Ribeiro, da poesia do José Roberto... enfim, excelente nível.
Porém, se tivesse participado da votação pela internet – que só dava a opção de um único voto, e não nota, como júri - talvez o meu único voto tivesse sido para a turma do Cebola Radioativa. De onde veio essa molecada? Senti-me diante do fenômeno roqueiro nacional dos anos 1980, numa roupagem 2021. Sensacionais!
Enfim, sinto-me realizado. Porque espero, a exemplo da Bienal, que virou tradição, em que pese interrompida pela pandemia, e da Expo-Industria, também infelizmente afetada pela mesma peste, que também esse evento passe a se consolidar anualmente, já que em Lei Municipal, proposta pela Cultura idem, e no próximo ano com o presencial, com direito a eliminatórias, torcidas... vibração, venha bem mais robusto.
Meus parabéns à Cultura municipal e todos os seus envolvidos - inclusive a amiga, museóloga Ludmilla - nas pessoas do secretário da pasta, colega radialista Roosevelt Santana, e ao prefeito municipal Adailton Souza. Foi um grande tento para Itabaiana, para Sergipe; e porque não estendê-lo ao país.