domingo, 15 de janeiro de 2023

TUDO E NADA.


 Cogito, ergo summ (Penso, logo existo) 

Descartes.


Estimulado pelo Dr. Brian Cox, num certo documentário realizado pela BBC entrei num daqueles momentos que a gente mergulha profundamente de cabeça em nosso eu para encontrar o universo em toda sua extensão máxima racional; onde até nossa compreensão pode ir.
Especificamente a cena e correspondente narrativa se refere à minúscula camada de ar que circunda a nossa pedra azul, solta no espaço, correndo como uma louca seus cem mil quilômetros e girando a um mil e seiscentos por hora. Delgadíssima. E se a gente sobe apenas três quilômetros dentro dela, o gás mais precioso – o oxigênio – começa a faltar cada vez mais, sendo impossível se sobreviver na parte mais alta da camada conhecida como troposfera.
E aí, me dei conta da pequenez, da minha verdadeira situação no planeta, de como sou irrisório.
Porém, essa percepção vem de algo que é só meu. Tão grandioso e tão meu que quanto mais eu o dou, mais em mim ele se agiganta: o conhecimento. Trocando em miúdos, aquele axioma popular: “quanto mais a gente ensina, mais aprende o que ensinou”.
Se não existisse um Deus, Ele teria de ser inventado.