“Mate o homem; MAS NÃO LHE MUDE O NOME.”
O ditado popular, bem ilustra a importância da identidade básica: o próprio nome. Identidade essa que vai se ampliando, e cada vez mais se relativizando, até desaparecer completamente numa massa considerável, onde o ser é apenas um grãozinho em meio aos milhões de indivíduos.
Em tempo: Por ser um lugar dos mais antigos, do Brasil colonial, Itabaiana tem três datas simbólicas no seu calendário cívico. São 350 anos de fundada, quando a cidade nasceu; 328 de emancipada (quando virou município); e 138 que ganhou, finalmente, o título de cidade.
Para nós itabaianenses, o símbolo máximo da itabaianidade é a serra mais alta a nos rodear. Mesmo que Itabaiana, originalmente tenha sido todas as serras a nos circular, e servir de barreira natural; de muralha; segurança. Em seguida, Santo Antônio e sua matriz, que foi pelos primeiros duzentos anos, único fator de congregação da vasta e dispersa população. Em terceiro, mesmo sofrendo a desconfiança e até ojeriza da população, seu aparato mínimo de Estado, qual seja, o Município, e seus símbolos: cartórios e poderes, o Executivo, atualmente exercido pelo prefeito; e Legislativo, desde 1697, exercido pela Câmara de Vereadores, quadragésimo sétimo mais antigo legislativo brasileiro.
O Símbolo Ignorado.
Em 1997, Itabaiana fez 300 anos de emancipada; e, estudante, fazendo graduação em História, na Universidade Federal de Sergipe, o ora aposentado professor José Taurino Duarte foi alertado por sua mestra, a itabaianense Maria Thetis Nunes, acerca importância da data para Itabaiana, assunto que por ele rapidamente foi trazido até o presidente da Câmara Municipal.
Por sorte, o presidente era o professor João Alves dos Santos, o popular João Patola, da tradicional família dos capitulinos. E foi aí que essa feliz coincidência não deixou os 300 anos de emancipação de Itabaiana passar completamente em branco. Mesmo com parcos recursos, menos ainda boa vontade de outras autoridades com poder de mobilização, mesmo assim, foi encomendado um projeto ao saudoso arquiteto Melcíades Souza, que, a despeito de não ter sido um monumento à altura do que Itabaiana merece, nem do que merece um projeto do saudoso itabaianense, foi modestamente inaugurado pelo Presidente da Câmara, no canto sudoeste da Praça Fausto Cardoso, em fins de outubro de 1997.
Anda necessitando de melhorias; mas é figurativamente, depois da serra e da matriz de Santo Antônio e Almas, aquilo que mais simboliza Itabaiana. Merece, pois, uma melhorada no visual; um projeto complementar ao de Melcíades , de 28 anos atrás. Algo dignificante da cidade.
Porém, não somente uma melhorada física merece o simbólico monumento; mas também, e principalmente um trabalho de conscientização, mormente nas escolas (papagaio ‘véio’ nunca aprende a falar direito; só novo).
Estamos vivendo um momento especial, o do aniversário de nascimento da cidade de (Santo Antônio de) Itabaiana, agora em 30 de deste outubro.
Uma união de esforços, de Executivo e Legislativo, e ainda dá tempo fazer alguma coisa.


