A EXUBERÂNCIA ECONÔMICA ITABAIANENSE NOS 20 PRIMEIROS ANOS DO SÉCULO.
A quem vive na cidade é impossível não notar; e, para os viajantes temporários que visitam Itabaiana a cada ano ou mais, e que costumam bem observá-la é chocante o progresso material em todos os sentidos; contudo, no mais sintomático de todos numa sociedade de consumo - o transporte - é assombroso se chegar na cidade e rodar muito para encontrar um vaga de estacionamento: a frota de automóveis cresceu mais de 11 vezes nos últimos 20 anos. Para quem achar isso muito, já que vigoroso crescimento nacional foi de três vezes e meia no mesmo período, o drama do estacionamento não se tornou pior graças a um “jeitinho” itabaianense: motocicletas, motonetas e ciclomotores. Juntos, os três perfizeram a soma, em 31 de dezembro próximo passado, de 34.442 unidades; uma para cada três habitantes do município. No segmento de duas rodas, em 20 anos tivemos o incremento de 22,6 vezes, contra 6,5 vezes ao nível de Brasil, para mais de 100 cilindradas; e de 34 vezes, contra 11 vezes no plano nacional, quando se trata de até 100 cilindradas, onde, culturalmente o tipo mais comum é a Bizz, da Honda. Não se dispõe de números relativos ao aumento dos ciclomotores devido a este tipo ter começado a registro obrigatório somente no quarto trimestre de 2015 para cá.
Caracteriza uma explosão de poder aquisitivo também o fato de que, nos segmentos típicos de prestação de serviços, os números se assemelharem aos do país. O caso do caminhão, que levou a cidade a ser agraciada com o título de Capital Nacional do Caminhão, em 2014 (Lei 13.044, de 20 de novembro de 2014) é exemplar: cresceu 4,6 vezes em 20 anos, pouco mais que o dobro do nacional que foi duas vezes, destacando-se mais no segmento caminhão-trator com o vigoroso crescimento de 12 vezes contra menos de 4 nacional.
Sinais irrefutáveis de enriquecimento.
Porém, o mais veemente sinal de enriquecimento entre os seus habitantes está na disparada do seguimento caminhonete, as off-roads: cresceu de meras 41 unidades em 2001 para 3.160 até o último 31 de dezembro; crescimento de 77 vezes. Nacionalmente também houve forte crescimento; mas de 27 vezes, quase um terço. Em Itabaiana, portanto, o segmento obteve crescimento de quase três vezes os níveis nacionais.
Mais de 20 pontos de estacionamentos exclusivos para motocicletas, motonetas e ciclomotores reduzem a estresse da falta de estacionamentos; mas está longe de solucioná-los. |
Problemas de mobilidade
À presença de tantos veículos nas ruas é inevitável os engarrafamentos, lentidões, queima excessiva de combustível, e muitas vezes é mais vantagem deixar o carro em casa e ir a pé, especialmente quando o foco da viagem está no Centro, e se não mora tão distante. Torna a situação mais dramática certos gargalos, como as duas feiras livres semanais, além do atacadão de frutas, legumes e verduras das quintas-feiras e já de algum tempo das sextas. Esse último, parece estará resolvido em breve com a inauguração da CEASA; já a feira livre... é uma identidade serrana: é mais fácil se mudar a cidade.
Como cidade centro regional, Itabaiana ainda conta uma frota flutuante diária, oriunda da capital, mas em maior número de cidades da região. Neste caso se não tem estatística, mas seguramente o número local de automóveis e acrescido de 5%, de segunda a sexta-feira. Haja espaço.
Como cidade centro regional, Itabaiana ainda conta uma frota flutuante diária, oriunda da capital, mas em maior número de cidades da região. Neste caso se não tem estatística, mas seguramente o número local de automóveis e acrescido de 5%, de segunda a sexta-feira. Haja espaço.