quinta-feira, 15 de setembro de 2022

DAS TERRAS DA PRINCESA IZABEL.

 

E nasce uma historiadora!
Será nas Matas da Itabaiana, parte do dote da infanta Princesa Izabel(1). Na noite desta sexta-feira, dia 16 de setembro de 2022.
De fato, um meticuloso trabalho de pesquisa historiográfico-genealógica da esplendorosa reocupação humana do hoje município e cidade fundada por Frei Paulo de Casanovas e auxiliado pelo Frei David de Perugia, e seus inicialmente pujantes algodoais(2). Que eu alcancei, simplesmente como “as Matas”, por parte da minha mãe, nascida – e vivida até os dois anos de idade - na localidade de Serras Pretas, no distante 1937
A advogada, ex-funcionária e vereadora da Câmara Municipal do município nascido em 1890, Ana Maria Dantas e Santana, iniciou-se pela História em modo similar à minha pessoa: eu por necessidade de abastecimento de conteúdo histórico do primeiro site de Itabaiana; ela, pela busca da origem de sua própria família, há cerca de sete anos. O fato é que resultou um musculoso trabalho de levantamento histórico da reocupação humana - os primeiros foram os índios cariris - das antigas Matas da Itabaiana, nome que compõe o título de tão significante obra. Ao se deparar com ricas fontes de informação, Ana foi muito além da história particular de seus ramos familiares. Constitui-se, pois, no último exemplo de um trabalho inaugurado por Vladimir Souza Carvalho e seu Santas Almas de Itabaiana Grande, de 1973, obra também consultada pela historiadora, que se constitui num marco sergipano da historiografia municipal nestas terras de Sergipe d’El-rei.
A mim, uma grande e até desproporcional honra em ser convidado pela autora a prefaciar a obra, DAS MATAS DE ITABAIANA A FREI PAULO. E, amanhã, às 17h00 estarei na fila dos autógrafos, que ocorrerá no Memorial Gilza Maria de Matos Dantas, na Fazenda Onça, no quilômetro 2 da rodovia Manoel Soares de Souza (acesso BR-235-Alagadiço).
Mais, não conto. Mas te convido a adquirir o livro amanhã no lançamento.

(1)Em 1874, com os campos das Matas de Itabaiana, hoje Frei Paulo, alvos de capuchos de algodão, o Conde d’Eu, casado em 1864, dez anos antes, com a Princesa Izabel, e portanto herdeiro da coroa enviou engenheiro à elas um engenheiro para apurar o que tinha lhe restado do dote de casamento.
RELATÓRIO com que o Exm. Snr. 1° Vice- Presidente, Dr. Cypião d'Almeida Sebrão passou no dia 15 de janeiro de 1874 a administração da Província de Sergipe ao Exm. Snr Presidente Dr. Antônio dos Passos Miranda. Typographia do Nornal do Aracaju. Rua de Japaratuba, n° 44, p. 15


(2)Os italianos, Frei Paulo e Frei David, fundadores de São Paulo, depois Frei Paulo tinham ingressado em Sergipe em 1860, para numa Santa Missão na recém-nascida Aracaju confortar a assustada e desesperada população arrancada de São Cristóvão, cinco anos antes, justo quando sobre o estado se abateu a peste da cólera que ceifou duas em cada cinco vidas, incluindo as famílias de senhores de engenho que, falidas viriam tentaram uma vida tão suave quanto os capuchos de algodão nas Matas de Itabaiana.
RELATÓRIO com que o Exmo. Snr. Dr Antônio d'Araújo d'Aragão Bulcão passou a administração desta Província no dia 11 de agosto de 1868 ao Exm. Sr. Barão de Propriá, 1º vice-presidente da mesma. Aracaju, Tipographia do Jornal de Sergipe. Rua d'Aurora. Página 10.