Caro Costa, eis algumas pérolas extraídas do baú da História sergipana:
“A instrucção Pública, que maiores desvelos merece de todos os Governos cultos, com dor o digo, tem estado nesta Província no mais completo desleixo, como a fortuna não lhe tem sido propícia.”
FALLA com que abrio a primeira sessão da quinta legislatura da Assembléa Provincial de Sergipe o Exm. Presidente da Província, Commandante Superior Seabastiaão Gaspar d’Almeida Boto, em o dia 11 de janeiro de 1842. P. 8. Typographia Provincial. 1842. Cf. Anais da Biblioteca Nacional, vol. 09, Tomo I, p.735 e aqui, na internet: http://www.crl.edu/ (ver Brazilian Provincial Reports - Sergipe).
“Dous annos de experiência devem tervos mostrado, Srs., que o Artigo 11 da Lei, dando ao Professor Público o direito de alugar o Magistério avilta-o, e estabelece alugueiros quase sempre inhabeis, e pouco moralisados; o Magistério se poem a leilão, e quem por menos faz hé o substituto.”
“É da instrucção que se deriva a prosperidade pública e a felicidade individual. Podesse entre nós o ensino ser pautado pelos bons modelos que nos offerece a Inglaterra, a França, a Bélgica e os Estados Unidos da América; fosse o professorado um sacerdócio e não um meio de vida – commum como qualquer outro – que muitos procuram...”
RELATÓRIO com que o 2º Vice-Presidente Exm. Snr. Dr. Dionizio Rodrigues Dantas passou a Administração da Província de Sergipe no dia 02 de dezembro de 1869 ao Exm. Snr. Presidente Dr. Francisco Jose Cardoso Junior, p.5. Typ. Do Jornal de Aracaju. Aracaju 1869. e aqui, na internet: http://www.crl.edu/ (ver Brazilian Provincial Reports - Sergipe). (11/01/1838).
Deste último, que fecha o dito no primeiro parágrafo deste escrito, deduz-se que, a plutocracia sergipana já estava a pregar o sacrifício aos outros, em nome de “valores maiores”, enquanto já assumia seu complexo de cão vira-lata, ao se achar incapaz de atingir o nível americano, por exemplo; ao tempo em que se esbaldava com os parcos recursos de que a Província dispunha, repartindo-os entre si, como ainda hoje é. Eis porque em 1910, ainda fruto da política centralizada do início do Segundo Império, éramos a 10ª economia dentro do país e logo a seguir caímos para a rabeira de onde nunca mais saímos.
Parabéns pelo artigo, professor.