segunda-feira, 7 de março de 2022

LEMBRANÇAS. DE ONTEM, DE HOJE, DE SEMPRE

 

Acima: cenários de hoje à tardinha; Embaixo: Primeira turma do Ginasial (atuais 5ª a 8º série. Início dos anos 1950)
 
Estacionado ao lado do velho bar, outrora do saudoso Emeliano Matos, enquanto esperava minha acompanhante e portadora retornar com a sacola de bolachões de João Patola, veio-me um passeio pelos próprios neurônios ao me deleitar com um espetáculo que se tem repetido pelos últimos 72 anos: a concentração de jovens estudantes no portão principal do Colégio Estadual Murilo Braga.
A marca oficial dos bolachões de João Patola é Bola de Ouro. Que ninguém assim a ele se refere. Também tradicionalmente assim reconhecido nos últimos 45 anos. Porém, bem mais longeva é a espetacular concentração supracitada. Gerações e gerações. Começou com a de Zé Queiroz e Paulinho de Doci (José Queiroz da Costa e José Paulo de Oliveira), entre outros e já está a nível da galerinha bisneta daquela geração de lutadores, vista em parte aqui.
Mudanças ocorreram. Saíram as pesadas fardas cáqui masculinas e as graciosas saias azuis pinçadas com blusas brancas das garotas, substituídas pelo uniforme padrão dos dias atuais. Até mudança no perfil da clientela, hoje bem reduzida e basicamente do alunato da zona rural, graças ao transporte gratuito. Foi os ônibus passando e eu observando-lhes os destinos: Gameleira, Matapoan... ou Macela(*), Várzea do Gama... praticamente tdos os povoado do município; algo com que a minha geração rural de murilistas só poderiam ter em sonho.
Cenário gratificante.

(*)Corrigido por sugestão do professor Jorge Passos.
É que o topônimo é MACELA, nome da plantinha, outrora muito presente em torno do riacho de onde vem o nome do bairro e povoado anexo; e não MARCELA, originário do latim martius, marte, deus da guerra e nome de planeta, e de cuja raiz vem Márcio, Marcelo e Martim, além de março, nome de mês.
Minhas escusas.