Observando minha aldeia de Santo Antônio de Itabaiana, essa é a mais pura verdade. A entropia cuida para que “nada do que foi será do jeito que já foi um dia”. E aqui a inquieta mente humana e seu lado Shiva de sempre está destruindo pra reconstruir, sempre e sempre.
Vivendas outrora faustosas e cheias de vida, hoje, talvez seja até mais faustosas e cheias de vida, mas num outro sentido.
Casas humildes deram lugar a verdadeiros monumentos à ostentação, ou não. Obviamente que na maioria, “sob nova direção”.
E os jardins de outrora? Tinham aqueles que tinha a flor A, a flor B, a C, e pelo menos mais outro tanto de letras, que era uma tentação aos zangões de sempre (eu, não; sempre fui tímido. E por isso comportado).
E tinham os “points”. Todos desaparecidos. E tinham as passarelas. Hoje completamente mudadas.
Uns 15 anos atrás observei na Praça de Eventos Etelvino Mendonça a recriação de um movimento translatório, um ritual quase obrigatório observado nos anos 70 e 80 no super point daqueles tempos: a Praça Fausto Cardoso. Era careta não ir à Praça, e principalmente não se enturmar para paquerar o sexo oposto e quem sabe, dali evoluir até casamento... circulando a Praça. Postado então na Praça de Eventos vi o mesmo tipo de movimento se formar nos limites dela.
Hoje os points são outros. A maior concentração está sendo no avenidão de acesso ao Chiara Lubich. Até a vetusta e experiente Pizzaria Lilla, a primeira da cidade e já embocada na quinta década de existência... está por lá.
Daqui a mais 40, certamente alguém dessa geração teen vai estar repetindo lembranças iguais a essas, relativos aos dias atuais.
“E lá se vai mais um dia”.