sexta-feira, 6 de maio de 2022

SANTO ANTÔNIO DE VOLTA À ESTRADA

 

Panfleto distribuído por ocasião das outras edições anteriores

Falta menos de um mês para o início do Trezenário de Santo Antônio. Depois do ano das confusões com o coronel Sebrão, em 1916, quando a festa foi suspensa, só há registro de ter sido novamente suspensa em 2020, justo no ano inicial da pandemia que graças a Deus, por sua ciência à humanidade que desenvolveu vacinas está indo embora.
Neste ano, certamente teremos a festa plena.
Também de volta à estrada para a TERCEIRA CAMINHADA DO SANTO ANTÔNIO FUJÃO.
Com data fixa no segundo domingo do mês de junho, que este ano cai no dia 12, a entidade promotora, Associação Sergipana de Peregrinos, e sob a coordenação de Anselmo Rocha se prepara para o retorno em grande estilo, já antevendo centenas, talvez na casa do milhar, a conduzir a imagem do santo, desde as Ruínas da Igreja Velha e a charmosa capelinha ali construída até a frente da matriz, local simbólico da quixabeira.
Caminhada gostosa, leve, em horário excelente, porque nas frescas primeiras horas da manhã de inverno, com a vista fantástica do circuito de serras, liderado pela maior, a de Itabaiana; e os verdes campos de pastagem e de plantio do perímetro irrigado do Projeto Jacaracica I.
São 11 quilômetros, com excelentes rotas de fuga ou chegada para aqueles que não se acharem preparados fisicamente para cobrir todo o trajeto.
Há sempre um transporte coletivo opcional.
Mais uma vez, dando vida à nossa lenda maior.
Está chegando.



terça-feira, 3 de maio de 2022

TEMPORADA DE CAÇA. SEM CAÇADORES.

 

 Há algumas décadas, o momento atual do outono seria de agitação na velha praça da matriz de Santo Antônio e Almas de Itabaiana. Bandos de moleques sempre famélicos como lhes próprios da faixa etária da puberdade – se lhes apresentassem paralelepípedo untado de açúcar, este correria sério risco – estariam competindo ferozmente atrás de cada frutinha de oiti que caísse ao chão, ou estivesse ao alcance das inevitáveis e indefectíveis pedradas. Mas na manhã da última segunda feira não mais as encontrei em profusão, a enlamear o solo graças ao zelo dos garis do Município, sempre diligentes a manter a ordem, ao menos no que torna ao asseio público: caiu um oiti, recolhe e joga no lixo.

A garotada atual não curte mais oitis, araçás, jatobás, ingás, muricis, jenipapos, mangas, cajus... mesmo as outrora tão cobiçadas goiabas, hoje, em geral são consumidas como sucos. Se muito.
E assim caminha a humanidade.