sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Essa internet...!

Essa internet tem coisas que só! E nela se descobre coisas que até o diabo duvida.
(aqui)

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Os cabos eleitorais de João.

Onde há fumaça há fogo e “o povo aumenta, mas não inventa”, já diz um amigo e colega de nome Chiquinho (do SESP). Pois bem. Leio em Aninha Mendonça (aqui) que no sertão tá um Deus nos acuda com a falta de água.
Se era pra trabalhar pra eleger João Alves, então Deda não deveria ter mudado ninguém das direções da DESO pelo Estado afora; bastava ter deixado os anteriores.
Não há cabo eleitoral maior para “o João da água” do que meio mundo de burocratas deslumbrados ou burros, ou ambas as coisas (geralmente que tem uma tem a outra qualidade), deixando faltar água no sertão.
Espeeeera!!! Espeeeera!!!

PMDB de hoje; PSD de ontem.

Em 15 de junho de 1964, pouco mais de três meses do Golpe contra João Goulart perpetrado pela direita, majoritariamente dirigida pela UDN eram cassado os direitos políticos de Juscelino Kubitschek. Houve protestos de quem não tinha voz; resmungos de alguns que a tinham, mas preferiram preservá-la para usar depois de 1980, enfim, prevaleceu a velha malandragem. “Homem, sim; mas sem exagerar, né?” O PSD do ex-governador mineiro e ex-presidente da República não teve a menor moral pra reclamar nada. Tinha participado, quando não em ação, em omissão, relativo a todo o esquema golpista montado pela UDN e pelos quartéis. De fato, salvo alguns incautos, não tiveram muito do que reclamar. O PSD era majoritariamente de coronéis “esclarecidos” (não em Itabaiana onde Manoel Teles era semi-analfabeto), senhores de terra, sobressaltados com as notícias que liam n’O Globo, Estadão, Folha da Manhã (a Folha de São Paulo veio depois) e demais órgãos da imprensa golpista, do mesmo jeitinho que é hoje. Juscelino só foi cassado porque “era ousado”; poderia tentar alguma coisa como restabelecimentos das eleições diretas pra presidente. E principalmente: tinha como maior adversário Magalhães Pinto, banqueiro do Banco Nacional e governador de Minas Gerais. Foi, portanto, uma briga de coronéis.
Mas voltando ao PMDB, este, como o PSD de 1964 não é um partido. É uma sigla de aproveitadores que, em se tratando de um partido “de direção esculhambada” (na base do “já que ninguém manda, melhor pra quem quiser fazer o que quiser”), nele cabe todo tipo de gente. Até o serrista até a medula Nelson Jobim. Luciano Bispo tá bem acompanhado, já que, partidariamente, é chefe de si próprio.
Por falar em Luciano, em 31 de dezembro de 2009, dezenove milhões e quinhentos mil reais destinados exclusivamente para Itabaiana esperavam para serem empenhados (no mínimo) e resolver meio mundo de problemas de saneamento básico: 56000-Ministério das cidades; Programática 0122 – Serviços de água e esgoto. Ainda tinha mais um milhão no mesmo Ministério: Programática 0310 – Gestão de política de desenvolvimento urbano. De R$ 24.800.000,00 alocados, até agora só saíram R$ 56.500,00 da já magérrima verba de R$ 150.000,00 para a Cultura municipal. É muito dinheiro pra se perder. Torço pra que já estejam no mínimo sendo empenhados.
A quem de direito possa: em 1909 foi empossado Batista Itajay como vice-presidente do Estado. Seis meses depois era enxotado do Palácio Olimpio Campos como um cachorro(*). Não basta ser bom de voto; tem que ter dinheiro. Não basta ter o dinheiro; tem que ganhar as eleições. Não basta ganhar as eleições, tem que ter sangue “azulado” por mistura com algum “nobre” quebrado e cheio de pose das velhas linhagens. Do contrário, só numa revolução. Até Jose de Barros Pimentel (o primeiro; não o da postegem anterior), um dos primeiros ascendentes de Albano Franco entendeu disso em 1726.
...
(*)Logo depois de assumir a vice-presidência, Itajay assumiu também o governo em junho de 1909 por licença de seis meses do titular que, além de se mandar pra Salvador, ainda deixou uma carta de renúncia com Itajay para que este usasse mediante combinação prévia. Ou não. Itajay usou e a elite, a nobreza sergipana forçou o titular a voltar, assumir o cargo e dar um pé na bunda do "tabaréu de Itabaiana, nascido e criado no Lagarto".

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Há 20 anos.

Em 1990 tava um Deus nos acuda na política sergipana. O João Alves lustroso de oito anos atrás já tinha deixado de existir, Albano continuava Albano, do alto sua nobreza quiabesca, escorregadia(*); e a única coisa nova ainda era Marcelo Deda perseguido pelos companheiros “pelo estrelismo” na eleição anterior; tentando retornar, porém de forma modesta. Diante da pressão que já se avizinhava, Collor, então Presidente da República começou a fazer suas costuras nas quais cabia todo mundo: até Leonel Brizola, no Rio. Em Sergipe, coube a Valadares montar o xadrez que, entre outras coisas precisava juntar duas peças importantíssimas: João Alves Filho e Albano Franco. Valadares foi pro sacrifício. Não abriu do governo um dia sequer, num ato de desprendimento típico de sua mineirice: de bobo, nada; tudo investimento no futuro como ficaria provado na sua consagração pro Senado, quatro anos depois. Ficou sem cargo algum, mas fechou o acordão. Lembro de um vereador itabaianense, profissional na arte de tirar dinheiro de candidatos maiores, tiririca da vida: “Assim não dá! Esses ‘homi’ não pode se unir; isso é prejuízo pra gente”. A gente que o vereador falava era ele. Foi uma das eleições mais baratas da história de Sergipe. E todo mundo condenou o acordão, porém, poucos, muito poucos o fizeram por acreditar em pureza partidária...
Já pensou...?
...
(*) Albano tem na sua ascendência Jose Barros Pimentel, senhor do Engenho Santa Rosa, em Itabaiana, hoje Santa Rosa de Lima; e um quiabo ensaboado em matéria de política. Flertou com os liberais liderados a partir dos revoltosos do Porto (Portugal), mas nunca se descuidou de tecer loas ao Príncipe Regente D. João, depois João VI, então no Brasil e acossado pelos do Porto; foi contra os outros vereadores de Itabaiana nas várias tentativas de sensibilizar o Príncipe pela Independência de Sergipe, mas, assim que esta se tornou irreversível, fez a maior recepção ao general Labatut, cujo intermediou a confirmação da Independência sergipana por D. Pedro I, e foi responsável pela montagem do governo sergipano pós-Independência. Resultado: golpe em Jose Matheus da Graça Leite Sampaio, o líder da Independência e, advinha quem assumiu o controle como "independentista, desde criancinha"?

A Vila

“He o logar da Villa de poucos moradores, (...) razão porque se faz digno de que S. Magestade seja servido de o mandar prover (...) para remédio dos Parochos, e dos poucos moradores que nelle habitão, o povo, que vem às festas, às missoens, e semanas sanctas, e mais funções da matriz e villa,(...) "
Padre Francisco da Silva Lobo, 1757.

Leio matéria interessante no itnet (aqui) e, cá com meus botões, volvo o pensamento para escritos antigos na triste constatação da demora em se resolver certos problemas estruturais, portanto inadiáveis, para um lugar que acaso queria ser mais do que apenas uma vila, onde se faz a feira (ou nela se vende), participa-se de noites de reza e depois todos vão embora sem o menor compromisso.
Quando o prefeito João de Zé de Dona aceitou aquele absurdo urbano era de se esperar que os futuros administradores, mesmo que não retornassem a centralização de passageiros na finada Estação Rodoviária, ao menos criasse uma estrutura no local. As taxas e contribuições de melhorias previstas nos inúmeros códigos tributários em que todo dia se mexe para continuar no mesmo, prevêem isso. As pessoas não reclamar por pagar. Elas reclamam por pagar muito caro e principalmente, por não ter de volta o serviço prometido. Mas como todos os prefeitos, vereadores, promotores e juízes tem seus carros (quase todos nem aqui moram), então, deixa-se a “ganhamuzada” aí. O que se viu foi a acomodação; inclusive apropriação de espaço público por entidade ou pessoa privada. Sob o ponto de vista dos transportes públicos, ressalvadas as diferenças nos veículos, voltamos aos tempos dos paus-de-arara. Sem mais a Empresa São Paulo ou a Senhor do Bomfim, sua sucessora.
O setor de transportes municipal não existe. Em que pese os esforços de alguns de seus componentes, o que foi feito até agora ainda é uma tapeação. Não há ordem, porque a fiscalização é extremamente deficitária e a própria estrutura anda anos-luz de dotar os servidores da Segurança no Trânsito de moral pra impor alguma ordem. Isso é extremamente danoso a uma cidade que vive de comércio, cuja atividade tem no transporte sua espinha dorsal. É preciso lembrar, que quando se fala em transporte não estamos apenas falando no usuário local da via pública, mas também nos milhares de pessoas de outros municípios que diariamente nos visitam irrigando nossos estabelecimentos comerciais de dinheiro.
O trânsito está uma bagunça, é fato. Mas ainda estou me perguntando o porquê de se colocar os veículos de transporte público com direção ao Malhador e à Moita Bonita no fundo do CTP. Quer dissuadi-los de vir pra Itabaiana, que se diga diretamente: “não venham mais cá!”. Dessa forma, não.