quinta-feira, 26 de outubro de 2017

JARDIM AMEAÇADO


Aulas suspensas e frequentes mutirões de limpeza começam a ser rotina numa bela obra, que é bem maior pelo que se propõe: a ONG Oficina Mãos Amigas Nossa Senhora de Nazaré pede socorro! A lixeira municipal que lhe é vizinha, e que não para de crescer ameaça fazer naufragar um projeto de inclusão e promoção social criado e mantido com tanto sacrifício e tanto amor.
A Prefeitura retira constantemente resto de carniças, móveis, velhos, comida estragada em geral e detritos de construção; o problema é que assim que limpa o local já tem mais uma carroça ou caçamba a atirar animais mortos e outros detritos no local.

Está difícil conviver com ratos, baratas, urubus, e o terrível mau cheiro que exala do local, que, estranhamente passou a ter forte utilização depois da construção da sede da ONG.
Ou a Prefeitura proíbe terminantemente esse tipo de atividade ali, ou a ONG poderá sofrer solução de continuidade, com enorme prejuízo à coletividade local.


A NOSSA MÁ EDUCAÇÃO DE CADA DIA


Em fins dos anos 70, depois de dois choques do petróleo e sua natural repercussão na economia do país, e em seus cofres públicos, nas três esferas - União, Estados e Municípios - o de Itabaiana, cronicamente de relativas poucas rendas estava na lona. A iluminação pública era de péssima qualidade; a rápida expansão urbana sem consequente acompanhamento da administração tinha transformado a cidade num poeiral ou lamaçal, já que dois em cada três logradouros sem pavimentação, e pelo menos um terço sem sequer meio fio; e esgoto era uma miragem, com umas raras canaletas antigas em poucas ruas ou praças. Na Praça João Pessoa era comum o retorno de estudantes do Murilo Braga tapando os narizes pelo mau cheiro do esgoto a céu aberto, mesmo sobre o calçamento.
Mas a coleta de lixo funcionava! Um dos carros chegou a opera durante bom tempo com a cabine remendada de papelão... mas funcionava. Anualmente, em fins de novembro, Francisco Tavares da Costa, o Fefi, imprimia em sua gráfica uns cartõeszinhos que eram distribuídos pelos garis, para arrecadação de fundos para O NATAL DOS GARIS. E a arrecadação não era decepcionante: as pessoas tinham relativo respeito pelo trabalho da turma da limpeza porque ela era o que de melhor funcionava na administração municipal.
Mas não faltava gente imunda a jogar lixo em qualquer terreno baldio ou mesmo praça não urbanizada, como muito ocorreu na Praça João Pereira, na parte da Praça de Eventos, atualmente em reforma no ponto dos ônibus e micro-ônibus, e na ex-futura praça Sebrão Sobrinho, hoje totalmente tomadas de casas, entre a Associação dos Estudantes Universitários e o Colégio Estadual Murilo Braga. Foi preciso a intervenção forte da justiça, que forçou a Prefeitura a tomar medidas enérgicas, com multas pesadas em cima dos imundos.
A COLETA DE LIXO EM ITABAIANA SEMPRE FUNCIONOU BEM! Desde que implantada, ainda na gestão de Manoel Francisco Teles e depois modernizada na administração de Euclides Paes Mendonça. Mas a falta de educação, aliada à arrogância e a prepotência é terrível! Tem gente que pega sua Hillux, Amarok, Ranger... e vai pra Frei Paulo, Ribeirópolis... apenas tomar uma cerveja; mas quando lhe morre um gato, cachorro, ou mesmo quando descobre um frango estragado na geladeira joga no primeiro terreno baldio que encontra. Coisa de gente que acha que dinheiro serve de escada pra pisar nos outros. Imundo!
Logo, não adianta a Prefeitura apenas limpar; é preciso agir energicamente contra os sujismundos. E eles só entendem uma linguagem: A QUE LHES TIRA DINHEIRO DO BOLSO.