sábado, 7 de junho de 2008

Neurolinguística.

É impressionante o peso que determinadas palavras tem. Daí porque todo o cuidado do mundo é pouco quando se fala ou escreve, mesmo que com todo ele, inevitavelmente acabe-se por cometer algumas barbeiragens aqui e acolá. Aliás, em se tratando de matéria prévia o dito cuidado é sempre necessário com tudo. Lembro-me que noutras épocas, quando assessorei a CDL, Câmara de Dirigente Lojistas daqui de Itabaiana que, a maior preocupação ao construir uma campanha promocional que envolvesse premiação era a de não deixar furo algum para que alguém pudesse por ali usar de má-fé e destruísse a credibilidade da campanha. Existia até a assessoria especial de “testes de resistência” da campanha. Pois bem. Tudo que me levou a escrever essas mal traçadas linhas foi a constatação – já de algum tempo – que a turma do Partido da Frente Liberal, o PFL, errou feio ao querer imitar os americanos se renomeando de Democratas, o que inexoravelmente daria no trocadilho Demo. Ora, isso nos Estados Unidos, é no máximo uma inocente apresentação já que recentemente com o advento da informática tornou-se usual a palavra demo, de demonstração. Por aqui, demo vem do “coisa ruim”, “ferrabrás”, ‘trevoso” e haja nomes pra etiquetar o pobre diabo. Logo, só um marqueteiro “cabeça de planilha”, “americanizado”, pra botar um nome destes num partido que sonha com o poder vinte e quatro horas por dia.