quinta-feira, 7 de julho de 2022

SERGIPE: (mais de) 202 ANOS DE POLÍTICA MIÚDA.

 

 

A velha política miúda, que confrontou, de um lado José Matheus da Graça Leite Sampaio, que queria e trabalhou ardorosamente pela Independência da capitania sergipana do poderosíssima capitania da Bahia, e do outro o capitão José de Barros Pimentel e o coronel José Nabuco de Araújo frontalmente contra, durante o processo de negociações políticas das câmaras de São Cristóvão e Itabaiana, a que veio se somar Lagarto posteriormente, permanece. Guardadas as devidas proporções e reorientações, não é muito diferente.
Os atuais acontecimentos, que de certa forma chocaram Sergipe, quais sejam, o enquadramento do prefeito Edvaldo Nogueira, quase na condição de popularidade de João Alves Filho, em 1982; e a rasteira confirmada em Valmir dos Santos Costa é uma clara demonstração de que os “donos do poder” continuam vigilantes, e atentos nas suas autopreservações e dos seus privilégios. E farão qualquer coisa para a ela chegar, tão logo algum ousadinho “outsider” invada o serpentário.
Em 1963, chegaram em 08 de agosto daquele ano ao extremo do assassinato cenográfico de Euclides Paes Mendonça; mas antes e principalmente depois vem aplicando com enorme sucesso a caça ao excepcional de forma, ora mais, ora menos sutil. Em verdade, até o homem mais poderoso do estado – o governador Augusto Franco, presidente nacional do partido da Ditadura com seu filho Albano, tetra presidente da então poderosíssima CNI – sofreu seus dissabores; porém esses vieram mais do campo popular; o que não bem tem sucedido aos demais. Não é para se criar. Se não se render ao sistema, toram-lhe as pernas.
Neste 2022, Edvaldo Nogueira, em posição privilegiada foi rifado “por compromissos assumidos” em não ser candidato ao governo; e pela desconfiança por “não gostar de cumprir compromissos” com “os amigos”. O que no linguajar do povo significa “não gostar de máfia”. Já Valmir, exagerou na pintura, literalmente. Tomou duas duras reprimendas, uma delas, a das tintas, tirando completamente da política, agora certamente confirmada devido a sua insistência em subir pro primeiro time, sendo apenas um rapaz latino-americano, sem parentes importantes e vindo do interior.
Sergipe, às vezes, politicamente parece a Atenas de Clístenes: o cara que estabeleceu a democracia e logo foi devorado por ela recebendo a ostraka.
Ironicamente, de tanto evitar os “outsiders” domésticos estão gestando algo completamente estrangeiro. "Sem compromissos", com o status quo e, de certa forma com o estado.
Onda popular é onda popular: quando vem “derrubando homens entre outros animais”... sai de baixo!
A gravura em montagem é a minha homenagem deste 8 de julho ao meu torrão. Que não me conformo de não ser “o Massachussetts” do Brasil.

segunda-feira, 4 de julho de 2022

AUTÓGRAFO ESPECIAL

 

Hoje, 4 de julho, pela manhã, quatro dia depois fui levar o presente de uma aniversariante ilustre – a Biblioteca Municipal Florival Oliveira - e, de quebra rever alguns bons amigos. E lá autografei um livro, uma copilação de artigos de renomados historiadores sergipanos, e, no meio deles, de penetra, eu também.
O livro, fruto da única atividade possível durante a fase braba da pandemia – as “laives” - e conduzida maravilhosamente pelos doutores Lindvaldo Souza e Claudefranklin Monteiro, dentro do projeto Clio Digital (Clio, a deusa da História, na mitologia grega), nesse primeiro volume vem com o título Memórias e Histórias de Sergipe – 200 anos de Independência - Formação, e se trata de todos as dez “laives” pertinentes à formação de Sergipe e sua sergipanidade, onde modestamente entrei com o tema Curraleiros e Duro Nascer da Sergipanidade, uma tentativa de esmiuçar mais de perto o assunto levantado pela saudosa Maria Thetis Nunes e a pesquisa do professor Lourival Santos, por ocasião dos preparativos dos 500 anos do Brasil.
Agora faz parte também do acervo da Florival Oliveira.
Todavia também levei vários números em duplicata que tinha das revistas Perfil e Omnia, esta, publicada pelo confrade Robério Santos e vários livros que acabei adquirindo em duplicata, dividi com o acervo da Biblioteca.
Por mais que deixemos de ler a palavra impressa, por conta da correria e da exuberância de excelentes meios digitais, mas, um repositório de pensamentos impressos deve ser elevado ao status de altar sagrado. O vídeo e o áudio, bem como as mensagens digitais só precisam de alguém desligando a chave da luz para nada restar, às vezes definitivamente. Mas a palavra grafada, mesmo não radicalizada, em pedra, mas no frágil papel sempre perdurará por muito tempo. A figura que abre esse artigo bem o demonstra.
A magia do livro é imbatível.
E, desde Ptolomeu e sua antológica Biblioteca de Alexandria, ninguém teve melhor ideia em como preservar conhecimentos.

Embaixo, eu autografando; e com o colega radialista, ora secretário de Cultura do Município de Itabaiana, Roosevelt Santana.


A MATRIX

Excelente trabalho do jornalista Luis Nassif.

Vale a pena conferir.

Intercept, Vem-Pra-Rua, Anônimus... tudo isso e muito mais, parte de um esquema poderosíssimo com a maioria servindo de inocentes mulas.

Da minha parte sempre me perguntei: QUEM PAGA TODO ESSE SISTEMA EFICIENTE?

/https://jornalggn.com.br/xadrez-2/xadrez-da-grande-disputa-pelo-controle-da-opiniao-por-luis-nassif/