quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Em nome da Eunomia

Bem, hoje pela manhã, Antônio Francisco de Jesus, o nosso Saracura, me ligou, como previamente acertado, para que eu comparecesse à Secretaria de Cultura e seus anexos, para gravação de uma entrevista com vistas à produção do programa Terra Serigy, da TV Sergipe, canal 4, de Aracaju, sobre a II Bienal do livro, tão esperada para os próximos dias 17, 18 e 19 do corrente, aqui em Itabaiana. E lá me fui. Chegando ao térreo das novas instalações, os contatos como de praxe com os que lá já estavam, o Carlos Mendonça, o próprio Saracura, Pascoal, a secretária Rose Mary das Chagas Machado, a Maria Jose, Ludmilla, a talentosíssima museóloga, Jamisson Machado do Itnet, a equipe de reportagem, enfim, um monte de gente boa. E a professora Rose Mary, gentilmente me foi mostrar as novas instalações, onde está agora funcionando a própria Secretaria e seus anexos como a Biblioteca Florival Oliveira, o Museu e outros... gostei! Tudo muito bem arrumado; a localização, em que pese próximo a uma grande fonte de poeira, tem acesso muito bom e seu referencial, já que de frente pro canto sudeste do cemitério de Santo Antônio e Almas... não tem como errar.  Em suma: as instalações são boas. Todavia, a minha preocupação permanece porque, sem prédio próprio, tanto biblioteca, quanto museu, correm seríssimo risco nas respectivas conservações. Eu acho que está na hora de a sociedade itabaianense resolver de uma vez por todas que quer preservar sua cultura com seriedade. Tem de prover os espaços e recursos necessários para esta tão necessária atividade de manutenção da identidade. Na última reunião do grupo Itabaiana Grande, ainda com a participação do saudoso Luiz Antônio Barreto, foi levantada a questão de transformar o grande símbolo da Educação de Itabaiana, o prédio do Guilhermino Bezerra, numa casa de Cultura, abrigando ali, justo essas instituições que necessitam de solidez, perenidade, estabilidade, como museus e bibliotecas. A Secretaria de Cultura é apenas uma instituição administrativa que pode mudar de lugar a bel-prazer; mas o museu e a biblioteca, não! E tem de ser uma instituição centralizada na cidade, porque, quanto mais perto do povo, melhor. E o Centro da cidade, foi, é, e sempre será, o Centro. Para onde tudo converge. Por mais que se inventem modismos como shoppings, centros administrativos longínquos, etc., mas o Centro sempre será o Centro. Quando ele não mais existir, não será apenas ele que deixou de existir; mas a própria cidade, porque sua alma, o Centro, acabou. Pois bem, fica, portanto, o meu apelo às autoridades do Município e do Estado, para que resolvam esse problema, a meu ver, da melhor maneira possível: o Estado pondo o prédio do Guilhermino Bezerra à disposição da Secretaria Municipal de Cultura por tempo indeterminado, até que exista a necessidade de abrigar as instituições em questão; e esta, o aproveitando para ali alocar o museu e a biblioteca. Esperemos pelo milagre dos políticos abrindo mãos de suas vaidades e interesses pessoais em nome do bem maior. É difícil, mas não é impossível, certo, senhores  Jackson Barreto de Lima, Luciano Bispo de Lima, Valmir dos Santos Costa, José Teles de Mendonça, Maria Vieira Mendonça e Edvan Amorim?