sábado, 10 de maio de 2008

Santos de barro.

Em tempo de eco-chatos e principalmente de eco-malandros é preciso muito cuidado para defender a eco-seriedade dos verdadeiros ecologistas.
É lícito, aliás, é necessário defender-se uma idéia. Todavia, em assuntos controversos, atenção redobrada. Há algum tempo atrás rolou pelo país inteiro uma campanha em prol do Velho Chico; no fundo, uma campanha político-partidária contra as idéias do governo central e de boa parte dos governantes do Nordeste, qual seja a de fazer a transposição de parte das águas do Velho Chico para atender à crescente demanda dos sertões nordestinos. Foi um Deus nos acuda.
A ilustração feita por Frans Post para o livro Rerum per octennia in Brasiliae de Kaspar Baerle, da equipe de Maurício de Nassau (acima), entretanto, tira um pouco o brilho dos eco-protestantes, a maioria deles de vitrine. Trata-se de uma descrição em gravura da fuga dos soldados de Matias de Albuquerque, então comandados pelo negro Henrique Dias para Sergipe, em retirada forçada depois de mais uma vitória dos holandeses, e atravessando a pés o rio com o Forte Maurício, ou seja, a Penedo atual, ao fundo, e em direção a Neópolis. Isso em 1637.
Mesmo que já houvesse diques na Holanda na época, porém, disso ninguém cogitava no Brasil holandês – o Nordeste, de Sergipe ao Maranhão. Muito menos se falava em barragens para hidrelétricas ou transposição.


Veja mais aqui.

(vide cópia pública)

Matérias na Rede Globo:
Jornal Hoje. 01/04/2008. Protesto contra transposição do Rio São Francisco, em Sergipe.
Jornal Nacional de 19/01/2008. Seca muda o Rio São Francisco.

Ihhh!!

Sobre o panorama político lagartense (além do itabaianense), um aviso ao companheiro governador Marcelo Déda: Quando Itabaiana grita e Lagarto responde, a cobra vai fumar e já se sabe aonde. Todo o Sergipe. Como um legítimo descendente de curraleiro ele não deve esquecer disso. Jamais.
Mais aqui: Governador define seu palanque e diz que vai pra campanha pra ganhar.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Dengue mais mortal em Sergipe.

Com base nas precárias estatísticas de acompanhamento sobre a evolução dos casos de dengue publicados nesta última quarta-feira temos que Sergipe tem uma epidemia mais descontrolada ou pelo menos mais letal que o Rio de Janeiro. No Rio (veja mais aqui), de 131.238 casos notificados (1 caso para cada 117 habitantes), 106 morreram da forma hemorrágica da doença o que dá uma morte para cada 145.476 habitantes. Já em Sergipe, mesmo ainda faltando confirmar pelo laboratório – não existe isso no Estado – de Recife, 6.849 exames, os 5.018 até agora confirmados nos coloca com um doente para cada 386 habitantes, mas, o pior, as 17 mortes já confirmadas nos coloca em primeiro lugar em mortandade já que isso dá uma morte a cada 114.083 (mais aqui). Ganhamos do Rio de Janeiro.
Uma observação grosseira desses números sugere que o socorro por aqui ta bem pior que no Rio de Janeiro.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Notas e nota$

Geração de notas noticiosas e notas fiscais, é disso que começo a suspeitar dessa propaganda maciça, mania dos governantes de querer que o povo – e não ele, o governo; seja municipal ou estadual – combata aquilo que até agora não deu certo (leia mais aqui), no caso, a dengue. E nem vai dar. E que ele, o governo, lavou as mãos de sua responsabilidade constitucional. É preciso Estado. Jamais o povo vai se auto-coordenar numa ação fulminante para essa vergonha nacional. Isso é prerrogativa de Estado. É preciso governo. Não adianta ficar gerando despesas com propaganda inútil. É preciso dar o exemplo. A propaganda é ótima para o mercado publicitário, porém, se só propaganda desse certo, depois de bilhões torrados desde 1994 não haveria um só mosquito da dengue vivo.
Tão tratando coisa séria como espetáculo.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Devoto de São Tomé.

Como sou burro e meio, gostaria que alguém me mostrasse algum vestígio, o menor que fosse, que ateste que o ex-prefeito Luciano Bispo é o preferido do eleitorado itabaianense para as próximas eleições de 5 de outubro, como apregoa esta matéria no portal Itnet. Aqui acolá se ouve plantações, quer do lado da prefeita, quer do lado do ex e candidato a futuro prefeito. Números, mesmo que com alguma mentira, nada. Números, cadê os números?
É concurso pra ver quem mente mais?