sábado, 26 de setembro de 2009

Só por curiosidade...

Antes do helicóptero da PC (Polícia Civil de Sergipe) andar sobrevoando Itabaiana, todo dia tinha queima de fogos “em homenagem a algum santo”. Depois parou. Mas já recomeçou. Só não sei o nome do Santo do dia de hoje. O dia em que nasci é dedicado a Santa Brígida.
Da nossa parte, não achamos que o foguetório acabou por esses dias por medo dos "pagadores de promessas" de causar acidente no helicóptero.

Revistas.



Achei que isso seria coisa dos rincões brasileiros da Amazônia legal. Pois não é que velha ponte de madeira na velha rodagem do Campo do Brito por sobre o rio das Traíras ainda existe?
Matei as saudades. Claro que lembrando do medo que tinha quando por cima dela passava; ou de outras iguais como a do rio das Pedras na estrada da Ribeira.

Coisa de tabaréu. Gente atrasada.

Tem coisa pra incomodar mais do que os novos tabaréus?
Os tabaréus de antigamente, em cuja classe me incluo, às vezes dava raiva de tanta hesitação quando chegava no meio de gente. Por medo de cometer gafes; dar bandeira; incomodar; se mostrar mal-educado. A nova safra de tabaréus já vem mesclada, (desde a forma com que foi formatada), com a marginalidade; a mania de transgredir. O celerado já nasce pronto pra incomodar, transgredir. Sabe-se lá Deus como, mas, assim que arranja o primeiro dinheiro resolve comprar um carro pra sair atropelando quem quer que seja. Mas o pior: ele adora incomodar e pra incomodar, tem forma mais eficiente do que torrar um valor maior do que o próprio carro pra fazer barulho? Barulho porque de música o novo tabaréu não entende, nem gosta de nada. Ele gosta mesmo é de incomodar. Até enxada arrastrando no asfalto pra ele é música. Ele quer se mostrar. Mostrar que póoode! Tô pagano!!!
Je-sus!!!
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Em tempo: nunca soube que um filho do Dr. Albano Franco, o homem mais rico e poderoso de Sergipe chegasse em qualquer lugar e esgotasse "o som do porta-malas", essa invenção de marginal de gueto americano.
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(reeditado às 17:0p0 hs)

Sem muita atração.

A julgar pelos números do IBGE referentes a 2000, das maiores cidades de Sergipe, Itabaiana é a que menos atrai gente de outros Estados. A primeira em atração é Nossa Senhora do Socorro, com 16,5 por cento de sua população de imigrantes de outros Estados; a segunda é Aracaju, com 16 por cento; a terceira é São Cristóvão, com 11,5 por cento; a quarta é Lagarto, com 8,2 por cento; a quinta é Estância com 8,0 por cento e Itabaiana fica em sexto como pólo de atração com apenas 6,0 por cento de sua população constituída de migrantes de outros Estados.
Segundo a origem, o Estado campeão em migração para todo o Sergipe é a Bahia: com 63.599 migrantes, destes 1.771 em Itabaiana; seguidos de Alagoas com 58.836, 712 em Itabaiana e São Paulo, com 20.836 habitantes, 907 em Itabaiana. Obviamente que os paulistas, em sua maioria são repatriados, filhos de sergipanos e itabaianenses, cujos pais retornaram.
Detalhes interessantes: havia em 2000, 341.496 sergipanos vivendo fora do Estado e 192.714 imigrantes de outros Estados aqui vivendo. Dos 341.496 vivendo fora, 52 mil estavam na cidade de São Paulo e 182 em todo o Estado de mesmo nome. Havia 11.519 sergipanos vivendo em Alagoas; 39.729 na Bahia; 49.394 no Rio de Janeiro e 12.863 no Paraná.
O instituto não especifica a origem municipal desses sergipanos vivendo fora.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Quem está mentindo?

A Constituição Federal – e por tabela a Estadual – manda que haja publicidade nos atos públicos com a publicação de seu movimento financeiro, inclusive. Sequer nas portarias as prefeituras colocam um extrato simplificado o mais simples possível de seus balancetes. Mas o Estado de Sergipe não fica atrás. Aliás, aliás, aliás: o próprio órgão de fiscalização para que haja a transparência nos gastos públicos, o Tribunal de Contas do Estado de Sergipe tem as finanças do órgão como se fosse coisa de compadres, entre eles, os da cúpula. É só propaganda. Clique aqui e verá que o TCE-SE – Tribunal de Contas do Estado de Sergipe, o responsável pela lisura, pela ética, pela honestidade de todos os governantes de Sergipe... não publica seus balancetes ou balanços (o TCU tem, aqui. Mesmo atrasadinho). A Lei Complementar 131 prevê que essa “desobrigatoriedade” tem data pra morrer, porém, outras leis anteriores já obriga que se dê a dita “publicidade” dos gastos públicos. E nada. Também não há manifestação do Ministério Público... nada!
Tudo isso é só pra lembrar que, se o Governo do Estado tivesse implantado um sistema de informação da tal “publicidade” dos gastos públicos como fez o Governo Federal(*) “no período tucano de Fernando Henrique Cardoso” (entre aspas mesmo pra lembrar que não foi o PT) e aprofundado pelo governo Lula, agora poderíamos ter certeza de que as clínicas de saúde não estariam funcionando: ou porque o prefeito Luciano Bispo não quis ou porque o dinheiro não veio. Ocorre que, com essa história de leva-e-traz, com o Governo do Estado dizendo que mandou sem apresentar provas, e Luciano dizendo que não recebeu... é complicado(mais aqui). Preferem a mentira ao jogo aberto; COMO MANDA A LEI.

(*) SIAPI, Portal da Transparência, Secretaria do Tesouro Nacional - repasses, Conta Banco do Brasil on line, etc.

Neologismos.

Bem já o dizem os lingüistas que a língua é dinâmica; está o tempo todo a sofrer modificações. Por exemplo, a política é quem mais inventa termos. Ultimamente achei interessante o termo “pilantropia” misto de filantropia com pilantragem, algo muito comum, inclusive aqui, em Itabaiana. Eis que o governador Marcelo Deda acaba de criar ou tornar público mais um: ambulantropia, a filantropia de ambulâncias, creio(mais aqui).
Dos ramos de prestadores de serviço que mais sobressai na política, especialmente em cargos menores, são os “fulano da ambulância”. Em Itabaiana, sem muito nos aprofundar, tivemos o saudoso Borrachinha, ex-craque da Olímpica de Itabaiana e motorista da ambulância do Hospital Dr. Rodrigues Dória (hospital morto numa operação de sonegação aos impostos e às contribuições do INSS). Durante anos e até o trágico acidente que o vitimou em 29 de agosto de 1982, José da Paixão, nome do conhecido Borrachinha, era referência na ainda pequena cidade e foi eleito vereador em 1970.
De lá pra cá tivemos o também saudoso José Xavier Correia, tivemos Pedro Góis, hoje aposentado, que mesmo não usando a ambulância propriamente dita, como taxista "fez muito favor" do gênero. Na mesma linha o saudoso Jose Evangelista dos Santos, Zequinha de Mídia, e por fim Edineuza Negromonte. Mas isso não quer dizer que só estes tenham tido cunho assistencialista e isso tenha se restringido apenas aos vereadores ou candidatos que nunca foram eleitos – que são vários - como é o caso de Dissa da Ambulância.
Quem mais se beneficia do cabresto são os cabeças do sistema já que são eles os grandes operadores do mesmo. Quando garoto, portador de duplicidade do polegar direito e vivendo no povoado Mangabeira, durante um comício, quando Euclides Paes Mendonça buscava consolidar e até ganhar mais votos, alguém sugeriu-lhe que me levasse pra Salvador pra fazer uma “operação” no dedo, uma cirurgia corretiva. Prontamente Euclides vaticinou: “Não, meu senhor, esses dois dedinhos é pra pegar melhor na caneta.” Até hoje permaneço com meus dois dedinhos que nunca me incomodaram e Euclides deixou de gastar “desfazendo uma obra que Deus fez” como complementou ele, então. Assistencialismo, era o que mais Euclides fazia. Com o dinheiro do próprio povo, claro.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

As teimosas























Entra prefeito e sai prefeito e elas lá... resistindo. Tentando ser beleza onde cada vez mais tudo vira mercadão; mero lugar de compra e venda. Ninguém liga mais pra elas (talvez nunca tenha ligado, mesmo). Mas elas estão lá numa Praça que também teima em ser bonita; apesar de tudo.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

D'accord, mon ami! D'accord.

Dizia meu saudoso pai que, quando o feitiço é demais, vira bicho e come o próprio dono (leia matéria aqui e entenda o porquê). A maior parte dos "companheiros" do PT parecem nunca aprender com sua estrela maior que acaba de ser considerado o "político mais popular da Terra" por ninguém menos que a Newsweek(aqui). Isso não é fruto de proselitismo; de malandragens ou espertezas baratas.
Nesse imbroglio das clínicas de Itabaiana, em primeiro o Secretário de Estado da Saúde, em nome da coerência e da lisura partidária não deveria ter permitido a inauguração da forma como o foi; ao menos não deveria ter deixado que o próprio Governador fosse envolvido numa "esperteza de otário" dessas; onde todo mundo tá vendo que o propósito é falso. Se a ex-Prefeita, por conta própria; ou por pressão de seus partidários "espertos" quisesse, que fizesse sua inauguração; em seu nome. O que não poderia ter acontecido é macular a imagem do governo (não só de Déda) com um ato exemplarmente eleitoreiro, pra não dizer de politicagem vulgar. Política não é a arte de mentir; é a arte de lidar com os contraditórios, salvando-se das armadilhas - dos "engasga-gatos" - tornando fato aquilo que de alguma forma vai servir ao povo. O político não mente para o povo; ele aguarda os fatos clarearem - até fazendo-os clarear - para então anunciar com verdade. Mentir? Jamais. E certos atos encerram a mentira pela própria natureza de como são produzidos.
Em tempo: gosto de ler Kotscho
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P. S.
Tenho observado com certa preocupação o governador Marcelo Déda sendo arrastado para a política rasteira e anacrônica dos coronéis (neos e antigos), fruto, aparentemente, da falta de um projeto de transformação, dificílimo de executar, todavia, extremamente necessário para tirar Sergipe do status de lugar que vive de repasses, aposentadorias e esmolas sociais. É preciso conviver com quem pensa pequeno; até mesmo porque é o que está aí. Mas é preciso também pensar grande. Para as futuras gerações. Quando muda um sistema - ou aparenta mudar - essa energia não pode ser desperdiçada; é preciso canalizá-la para romper com o marasmo. Que infelizmente é o que ora observo com tanta gente preocupada com o tamanho do próprio umbigo, enquanto ao longe ricos palácios esperam por sábios conquistadores.
Me preocupa, sobremaneira, a morte de um líder nacional - um desperdício irreparável - sem sequer o nascimento de um coroné-mor local.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Vacina anti-lesa-Pátria

O vexame dado pela cantora Vanusa (aqui) recentemente, ao errar seguidas vezes, mesmo com cópia na sua frente a interpretação do Hino Nacional Brasileiro, motivo generalizado de piada até no estrangeiro acendeu a luz vermelha em Brasília, com a redefinição de obrigatoriedades acerca de execução do mesmo (aqui), tornando-o obrigatório também nas repartições de ensino privadas.

O susto.

Não foi apenas um singelo susto; mas uma triste, decepcionante constatação: o Sinédrio e suas víboras, constituído de ladrões, trapaceiros, estelionatários, gente que perdeu qualquer esperança na evolução humana, o supra-sumo do primitivismo... tinha vencido. Isso ficou implícito nas palavras de Maria. Quando ela chegou e disse que a multiplicação dos pães era coisa de Caifás.
Maria era dessa gente que nunca teve a felicidade de conhecer aquilo que se costuma dizer, vida boa. No mínimo mais ou menos. Filha de prostituta, foi criada como criada da tia, cujo bem maior era ter uma casa pra morar e um homem que lhe dava mesadas com alguma regularidade, as quais ela dividia com um outro a quem se afeiçoava e a ele se entregava na calada da noite. Vou logo avisando que Maria não era de Magdala, pequeno vilarejo ainda hoje existente, na margem noroeste do lago de Tiberíades, vulgarmente chamado de Mar da Galiléia. Portanto, não se trata aqui da famosa Maria Madalena. Maria, que viveu de migalhas na casa da sua tia, nunca foi muito além de uma serviçal em trabalhos domésticos e acabou na minha humilde casa fazendo alguns trabalhos... domésticos.
Mas voltando à minha triste constatação, ficou implícito que aquela revolução que se pensara; com aquele monte de gente se dizendo crédulo na boa nova, era uma história furada. Durante algum tempo, a visão do profeta pregando no deserto, mas um deserto onde supostamente havia mais que escorpiões... tudo isso me animou. Caravaneiro que sou, nunca dispus de muito tempo pra me dedicar a ouvir-lhe tudo, porém, esperançoso no reviver das profecias, empunhei a bandeira do possível achando ser possível esticar a corda da bondade ao máximo massacrando a vilania; no mínimo pondo-a de joelhos. As palavras de Maria soaram como um alerta: não muda nada.
E não deu outra. Tempo depois, naquele dia santo para nosso povo; o dia do descanso, todos marcharam para a praça principal para dizerem sim. Sim à toda a manipulação que Caifás e sua raça de víboras fizeram; sim às vãs e vazias promessas. Sim ao credo de que aquele a quem tinha seguido, se dizendo tão fielmente seguidor, era agora um embusteiro.
E o processo se desenrolou e ao fim daquela tarde negra, nem mesmo os abutres do Sinédrio tiveram o que comemorar. Até mesmo porque abutres não se alegram. Quando percebem que ganharam uma batalha, eles começam a travar outra entre si pra dividir o produto do roubo. O povo? Esse, mediante alguns boatos aos quais, de fato, nunca deixaram de ser receptivo; e umas poucas cestas de alimentos muito bem manipuladas esqueceu o bem-feitor da multiplicação dos pães e dos peixes - para todos; dos afagos e mensagens de otimismo e auto-estima; da esperança, com lógica, pregada em cima de fatos reais e, naquele dia, que terminou com uma sombra negra pairando sobre vales e montanhas, durante todo o dia entoou o canto da desgraça própria em benefício das víboras do Sinédrio e seus serviçais. A cada indagação sobre a quem escolhia exclamava com toda a força de seus pulmões: Caifás! (Perdão, Barrabás). E o profeta - ao menos simbolicamente - foi crucificado entre ladrões para confirmar ou parecer confirmar o que dele passaram tanto tempo dizendo Caifás e sua turma.
E tudo virou lenda, com a maldade vencendo mais uma. Depois, continuou a haver choro e ranger de dentes.