quarta-feira, 22 de julho de 2009

Habemus Heloisa Helena nostrum

Ficam esses alagoanos a achar que só eles podem ter uma Heloísa Helena? Tomem lá, agora nós já temos "o nosso": (aqui). Só falta o blá-blá-blá de moralismo de vitrine. Mas ele virá, podem apostar. Especialmente se o dito cujo continuar a ir na onda (comer as cordas) da oposição ao governador Marcelo Déda.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Os números.

Mortos por agressão na região da Grande Aracaju e nos três maiores municípios do interior.
Clique na tabela para abri-la em tamanho maior.


Dados do Sistema Único de Saúde – SUS
Mais sobre(clique): População; Causa mortis.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Será?

Um advogado amigo meu, com mais de setenta de vida e destes, quase trinta de advocacia costuma repetir pra mim quando conversamos e tocamos no assunto segurança: “bandido e policial civil se conhecem a dois quilômetros de distância, mesmo estando de costas um pro outro”. Concordo. Um dos assuntos onde meto o bedelho é laboratório clínico já que tenho vinte e seis anos de convivência com o tema. Mesmo depois de quinze anos sendo fossilizado pelo sistema de administração pública, mesmo sem cursos de reciclagem etc., e tal, quando o assunto me é pertinente, descubro na hora. Logo, em se tratando de Segurança, o espetáculo até pode ser importante, todavia, o que mais importa é o que acontece nos subterrâneos, silencioso, como agem as cobras. (veja mais aqui).

Câmaras
Uma das medidas anunciadas pelo secretário de Segurança Pública João Eloy é a colocação de câmeras de vigilância no centro da cidade. Quando da tentativa de fazer funcionar o Conselho Municipal de Segurança, a dez nos atrás, esse foi um dos pontos em que mais me firmei. Na época era o tesoureiro do dito Conselho; pra variar, quando o mesmo não tinha dinheiro pra nada (acho que ainda continua assim). Seria de bom alvitre que o Governo do Estado também fizesse a sinalização do trânsito, já que, ao que parece, se depender da Prefeitura e seus problemas de caixa, vai demorar um pouquinho mais. Também é preciso saber quantas câmeras serão instaladas. Se for pra fazer como está sendo feita a fiscalização no transporte, é melhor não servir de ridículo.
Em tempo, gostei do nome da operação: Normandia. Todavia, não esqueçam os “senhores da guerra”, que os russos – que não vieram pela Normandia – hastearam primeiro a bandeira da foice e martelo no Reichstag.

domingo, 19 de julho de 2009

A nossa crise

Dos vinte e quatro milhões e oitocentos mil reais (R$ 24.800.000,00) a que o Município de Itabaiana tem direito a conveniar diretamente com o Governo Federal, constante no Orçamento da União em vigor, nenhum centavo foi empenhado até o último dia 13 deste mês em curso. Isso significa que até o momento o Município de Itabaiana através de sua Prefeitura não apresentou em Brasília a intenção de trazer esse dinheiro pra cá. O prazo para requerê-lo, geralmente vai até fevereiro do próximo ano, todavia, entre a apresentação das propostas e sua execução leva em torno de seis meses, na melhor das hipóteses. Isso quer dizer que o Município de Itabaiana vai passar um ano inteiro sem uma obra com recurso federal, exceto os restos a pagar, oriundos do orçamento anterior, coincidentemente da também administração anterior. Muito pouco, por sinal, o que ainda falta. Isso para um momento de resfriamento econômico em função da crise mundial é um tapa enorme em nossa economia.
O pior desse quadro é que até os investimentos programados para serem executados diretamente, quais sejam o do Campus local da Universidade Federal de Sergipe e da BR-235, também não é animadora a sua execução. No caso da UFS, dos R$ 2.183.594,00 no Projeto Brasil Universitário, apenas R$ 173.914 ou 7,96% haviam sido executados até o dia 13; já no caso da BR-235, inespecífico para Itabaiana, mas que tem a ver com o município, dos R$ 8.730.000,00 liberados, apenas R$ 361.856,00 haviam sido empenhados porém não gastos, no Projeto Manutenção de trechos rodoviários – BR-235 - no Estado de Sergipe. Sobre a tão propalada verba alocada pelo deputado federal Eduardo Amorim, no valor de R$ 5.000.000,00, no Projeto Adequação da travessia urbana no município de Itabaiana, na BR 235 não foi autorizado, logo, foi pro espaço.

Eis as verbas específicas para Itabaiana:

  1. Saneamento e esgotamento sanitário: R$ 19.500.000,00 (de R$ 44.398.000,00 para todo o Estado);
  2. Apoio à política nacional de desenvolvimento: R$ 1.000.000,00;
  3. Desenvolvimento integrado e sustentável do semi-arido (conviver): R$ 2.000.000,00;
  4. Engenho das artes: fomento a projeto em arte e cultura: R$ 150.000,00 (de R$ 450.000,00);
  5. Turismo Social no Brasil: uma viagem de inclusão: R$ 300.000,00;
    Atenção Básica em saúde – Estruturação da rede de serviços: R$ 1.000.000,00 (de R$ 2.870.000,00);
  6. Assistência Ambulatorial e Hospitalar especializada: R$ 150.000,00;
  7. Assistência Farmacêutica e insumos estratégicos: R$ 700.000,00;

O Município ainda pode pleitear participação no bolo maior, para todo Estado, nos seguintes itens:

  1. Gestão de política de desenvolvimento urbano: R$ 10.850.000,00, com zero de empenhos até agora, ou seja, ninguém foi buscar;
  2. Fomento à elaboração e implantação de projetos de inclusão digital: R$ 900.000,00, sem nenhum empenho;
  3. Apoio à urbanização de assentamentos precários: R$ 14.564.000,00 (empenhados até agora R$ 3.201.054,00 ou 21,98%);
  4. Apoio e modernização de espaços culturais: R$ 200.000,00, com zero de empenho;
  5. Engenho das artes: Instalação de espaços culturais: R$ 1.100.000,00, com zero de empenho;
  6. Turismo Social no Brasil – uma viagem de inclusão. Apoio a projetos de infra-estrutura turística: R$ 150.424.000,00, com zero de empenho;
  7. Turismo Social no Brasil – uma viagem de inclusão. Promoção de eventos para divulgação do turismo interno: R$ 11.210.000,00 (empenhados e executados R$ 4.545.000,00 ou 40,54%)
  8. Implantação e modernização de infra-estrutura para esporte recreativo e de lazer: R$ 33.350.000,00, com zero de empenho;
  9. Recuperação e preservação das bacias hidrográficas em situação de vulnerabilidade e degradação ambiental: R$ 200.000,00, com zero de empenho;
  10. Desenvolvimento de territórios rurais. Apoio a infra-estrutura e serviços em territórios rurais: R$ 1.880.000,00, com zero de empenho;
  11. Apoio à provisão de habitação de interesse social: R$ 1.500.000,00, com zero de empenho.

O turismo sergipano.
Sobre os cento e cinqüenta “milhas” que dormem em berço esplêndido sem ninguém por eles se interessar, cabe lembrar que a maior festa sergipana é baiana. Pronto. Isso já diz o que é o turismo em Sergipe.
Estamos no sétimo mês do ano e sequer um mísero centavo foi sequer empenhado do valor previsto de mais de cento e cinqüenta milhões de reais para este ano. Isso também diz o que é o turismo em Sergipe. Falta de planejamento, falta de interesse, salvo o de viajar, de fazer turismo, aquém. Dezenas de igrejas centenárias caindo aos pedaços porque o governo de Sergipe não tem uma política de valorização do acervo histórico, delas, como a do Comendaroba fundado pelos carmelitas no século XVIII, só restam as torres (acho, tem mais de três semanas que não vou a Aracaju); a da Penha, erguida por Jose Mateus da Graça Leite Sampaio, o recriador da Independência de Sergipe está lá, às margens da estrada Malhador-Riachuelo com feições de que a qualquer hora destas desmorona. Sem esquecer outras de menor importância, mesmo que com grande significado como a de Jesus Maria Jose, às margens do rio Cotinguiba, na estrada Cafuz-São Jose do Pinheiro. Estamos investindo na praia do Saco. Que do outro lado tem Mangue Seco, na Bahia, muitíssimo mais famosa. E nós pegando carona.