sexta-feira, 26 de março de 2010

O preço de uma reeleição “na tora”.

Recentemente o deputado federal Jackson Barreto andou a abrir a bocarra, e em defesa do governo Deda disse que hoje o governo de Sergipe já não é feito pelas quadrilhas nos governos de antes.
Sinceramente, fico a buscar onde enfiaram 26 milhões de reais (atualizados) em Itabaiana entre abril e outubro de 1998, no auge, no orgasmo do “eletrocheque” do Dr. Albano do Prado Pimentel Franco, descendente direto de José Acciaivoli de Barros Pimentel, pai.
Foram 3,6 quilômetros de calçamentos a paralelepípedos, 1 quilômetro duplo (duas pistas) na Avenida Manoel Francisco Teles, e mais 2,9 quilômetros de asfalto no Bairro Marianga. Tudo somado, 7,5 quilômetros de via urbana beneficiada. 26 milhões, atualizados pelo IGP-DI. Na época representou o dobro do orçamento municipal de Itabaiana.
Como comparativo, todos os investimentos do Município em 2008 - incluindo os 14 quilômetros de asfalto feito pelo governo Deda – somaram R$ 8.039.714,53. Vide gráfico abaixo (clique em cima pra ver em tamanho maior).
Sem esquecer: ao menos em 1998, Jackson Barreto, segundo língias de trapo, teria sofrido um enorme eletro-cheque. Logo, saberia do que fala.

Obs. Os valores da Boanerges Pinheiro contem mais 200 metros referentes à Praça João Pereira, em sequencia.
Obs.2 - Adicione-se ao executado pelo governo João Alves os 410 metros das ruas Barão do Rio Branco e Marechal Floriano Peixoto.

quinta-feira, 25 de março de 2010

A encenação da Paixão de Cristo na Mangabeira. 1 de abril.

Eu soube através do então vereador João Alves dos Santos – João Patola – ainda em 2001, e, suspeito, pelo natural envolvimento emocional, custei a acreditar que no lugar onde nasci, por uma iniciativa completamente isenta de influências externas, as novas gerações de moças cantoras de benditos resolveram encenar a Paixão de Cristo. Seu Lixande de Zé de Bomfim aprovaria, com certeza. Além de tanto gostar de rezas... é na Mangabeira. E é fruto do que ele plantou quando ergueu com ajuda de outros moradores a primeira capelinha, e onde tantas noites de rezas fez, e onde por décadas, moças e senhoras – alguns marmanjos, também - de voz firme, mesmo depois de um dia de labuta vigorosa no campo tem se postado na hoje igreja nova (que tem mais de trinta anos) para repetir as novenas de Senhora Santana. Os benditos não são mais aqueles que ouvia extasiado quando menino - e que um dia ainda verei transformado em obra de arte sacra musical – mas a mesma devoção lá permanece. E lá estão as novas gerações dos troncos da época: Martim de Cuta, Zé de Donata, Martin do Forno, Justino e Angelina, Bento, Rufino, Clotilde, Zé Roque... é tanta gente que nem mais me lembro. Alegra-me muito em saber que não se contaminaram com modernismos a ponto de esquecerem as tradições de trabalho, honra, honestidade e de fé.
Há certos povoados de Itabaiana que engrandecem a alma do município, exatamente por manter viva a chama que fez deste um lugar de progresso assim que as estradas chegaram. A Mangabeira é um deles. Pode-se listar também a tradicionalidade do Zangue, da Cajaíba e da Matapoan, a velha “Moitapã”, entre outros.

O povoado.
A Mangabeira é um dos povoados de formação mais antiga dentro da Itabaiana. Apesar de seu crescimento populacional e conseqüente ocupação territorial somente se dar já no século XX, Lima Júnior descobriu-lhe o princípio da devoção de Santa Ana já em 1744, quando foi doado o Sítio Mangabeira à capela do Senhor Bom Jesus do Matozinhos e sua associação a uma segunda, a de Santa Ana, que de fato não existiam fisicamente, funcionando de início e provisoriamente na mesma capela de Santo Antonio e Almas, na então Vila de Itabaiana.
Os doadores do sítio residiam no Boqueirão, hoje município de Areia Branca, local por onde também passa a estrada colonial para São Cristóvão. A Mangabeira foi sítio de Antonio Rodrigues de Souza que o vendeu aos doadores à capela de Santa Ana, o alferes Antonio Machado Mendonça e sua esposa Francisca Gomes de Oliveira. Não tendo desenvolvido logo, perdeu-se a documentação e tudo o mais referente à tentativa de criação de mais uma irmandade católica na Itabaiana. A devoção a Santa Ana, contudo ficou, tendo sido resgatada nos anos 40 do século XX pelo meu saudoso pai, Alexandre Frutuoso Bispo. Infelizmente, a pequena imagem barroca do século XVIII, substituída no altar da nova igreja construída no povoado foi roubada da casa de minha mãe em 1992 e nunca foi encontrada.
Em mapa de 1640, os dois ramais internos às serras da estrada colonial de São Cristóvão quase se tocam na Mangabeira. Um, que passa pelo Forno e diretamente para a sede de Itabaiana, vira ali para o sudoeste até atingir a Ribeira, e de lá, por trás da serra da Cajaíba ruma para São Cristóvão; o outro, que parte do primeiro no hoje povoado de Cajueiro vem rumo norte até um morro ao fundo da capela de São Francisco, no Gandu, próximo ao Parque dos falcões. O povoado, contudo, não aparece em nenhum documento histórico, salvo o descoberto por Lima Júnior, antes de 1900. O meu avô paterno instalou-se no local onde hoje está a pracinha por volta de 1910. E foi o único morador por quase dez anos.
Chega-se à Mangabeira por estrada de terra com início na BR-235, altura do quilômetro 41, no povoado Rio das Pedras, próximo ao quebra molas e daí pela sobredita estrada por 3,2 quilômetros até a pracinha do povoado, onde fica a capela e onde será encenada a Paixão de Cristo a partir das 19:00 horas deste 1° de abril.

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LIMA JÚNIOR, Francisco Antônio de Carvalho. Poeira dos archivos. Mais dous Patrimonios. Diário da Manhã, Aracaju, 31 de dezembro de 1926, p. 2.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Tá tudo dominado!

Olha só o que está por aqui: (clique)

A cesta de alimentos.

Dias atrás, ouvindo a certa distância um papo entre dois jovens na faixa de vinte a vinte e cinco anos, gelei. Não pude ouvir com detalhes sobre o que conversavam, porém deu pra perceber que falavam sobre um ilícito cometido por um terceiro. E o que me fez gelar? O aparentemente mais velho deles relativizou a prisão de terceiro arrolado com a seguinte expressão: “E daí? Vai preso dois dias, contrata o “adevogado” depois fica pagando uma cesta de alimentos e pronto, rapaz! É só tocar o barco pra frente. Só não pode é rodar a cara.” Rodar a cara, na gíria de bandido é bater de frente, com policial e principalmente com bandido mais perigoso. Os jovens em questão, até onde eu saiba, sequer tem alguma passagem pela Polícia; mas usam a mesma linguagem que "seus colegas", estes habituais frequentadores das salas de interrogatório.
Eis o que pensa essa juventude delinqüente da qual participam ou participavam Maria Sônia de Melo, mandante do crime que abateu a vida de Jaqueline Souza Mecenas na última segunda-feira, 22; Ronaldo Mota dos Santos, o assassino contratado, e os dois traficantes, Erivaldo Oliveira e Jaedson Barbosa, mortos em confronto com a Polícia na manhã desta terça-feira, 24 de março(aqui).
Não existe no arcabouço moral dessa gente (se é que existe isso neles) a presunção de punição, de perda, com tais atos, salvo da própria vida. Que também não é valorizada por eles. Eis os monstrengos que criamos em nossa corrida ao ouro; em nossa perigosa jornada ao vale-tudo.
Não vale à pena roubar. Ou entrar em qualquer tipo de criminalidade. Custa muito caro. No mínimo vai ser uma sombra a perseguir o fora-da-lei por toda a sua vida, até a velhice, se a ela chegar, e ninguém gosta de ser chamado de ladrão. Entretanto, a frouxidão com que a sociedade vem tolerando os “bem-sucedidos” do vale-tudo acaba fazendo crer que vale a pena continuar nessa espiral.

A fortaleza.
Sobre a ação de hoje da Polícia, nota dez(mais aqui). Em que pese o perigo representado pelo apelo à resolução fácil da criminalidade através da matança, tá demonstrando que o Estado tem donos. E não são os bandidos seus donos.
A rapidez com foi desvendado o crime que vitimou Jaqueline Souza Mecenas (aqui) enche a qualquer cidadão de bem de orgulho e esperança. Se isto tivesse sido a práxis desde tempos remotos – ao menos desde 1984, quando começou esta escalada maluca – não estaríamos aqui lamentando mais números macabros para a estatística da cidade.
Meu lugar é uma fortaleza natural, cercada de serras o que lhe confere facilidade no controle. Isso já o fazia os índios de Baepeba quando acendiam suas fogueiras de alerta na serra dos montes, ao sul do Campo do Brito pra alertar da presença de invasores na área (a serra chamou-se do Botafogo até quase 1800). Se a área é uma fortaleza natural, jamais me conformarei com o fato de autoridades relapsas e preguiçosas tê-la deixado se transformar num covil. Por isso, parabéns mais uma vez à Força Pública do Estado de Sergipe. Tem de limpar.
Quero voltar a me encher de orgulho com as estatísticas dos montes de feirantes a retornar à terra de Santo Antonio de Itabaiana trazendo o produto de seu suor e dos produtores que lhes forneceu; das dezenas de caminhoneiros a enriquecer nossas ruas com o produto de suas longas travessias nas estradas do meu país, e não da estatística de ladrões de estrada a fixarem registros deprimentes até nas casas legislativas de outros Estados ou de um monte de vagabundos negociando porcaria, servindo de mula pra outros vagabundos maiores a esganar a auto-estima do lugar. Quero voltar a ver famílias morando em seus sítios sem o risco de morrerem pelo crime de trabalhar pelo próprio sustento; de terem o direito de criarem suas galinhas de capoeira, suas vaquinhas, cabras... ter seu transporte, fruto de seu suor, sem esses monstrengos a perturbar. Quero a riqueza real, a mesma que turbinou nosso lugar nos anos 50 e 60, duradoura e enobrecedora porque obtida com nobreza de caráter através do suor do próprio rosto e de suas habilidades de negociadores natos. Quero o fim do covil e a reconquista da nossa fortaleza: a Itabaiana.
Santo Antonio de Itabaiana.

terça-feira, 23 de março de 2010

Saída questionável.

Diz Gilson de Oliveira (aqui) que uma delegação representando a Associação Olímpica de Itabaiana, incluindo seu presidente Eduardo Almeida, foi a Lagarto negociar uma transferência dos jogos do clube no quadrangular do campeonato sergipano para aquela cidade. A transferência se daria por motivo de as rendas no Batistão estarem muito aquém das expectativas.
Sei não, mas, certas coisas não se misturam.
É bem verdade que o estádio de Lagarto está a quase vinte quilômetros a menos que o Batistão, e que aquela rivalidade entre Itabaiana e Lagarto hoje já não mais existe; todavia, capital é capital. É lugar de todos os sergipanos. Sem esquecer que parte não desprezível da torcida fiel do Itabaiana vive na Capital.
Se o Itabaiana está ruim de público – e de renda - o único problema de estádio seria o do Presidente Médici. Fechado já há mais de 120 dias para reforma. Outros? Acho que haja muito pouca diferença. Acho até que parte do problema pode estar na associação explícita na mesma negociação onde se percebe nitidamente o caronismo político partidário. E isso, até quando ocorreu com Jose Queiroz - que entrou na política depois; e legendário em termos de história do clube - não foi muito bem. O Itabaiana é como Santo Antonio: é de Itabaiana. Do povo de Itabaiana.
Em tempo: os valores de 10 mil reais mensais repassados ao clube em 1997 pela Prefeitura Municipal – quando o time quebrou o jejum de 15 anos sem títulos - hoje, corrigidos, ficariam em 40 mil mensais (IGP-DI - FGV). E tais valores, mesmo mantidos durante 12 meses seriam mais barato e muito mais produtivos ao Município – em contrário às manchetes policiais - do que uma única das inúmeras bandas “tira o pé do chão” melhores(?)que vão tocar duas horas e enrolar três na Micarana.

Medo fundamentado

As reclamações registradas nesta segunda-feira por Francis de Andrade em seu programa na Rádio Itabaiana FM - e repercutidas por Edivanildo Santana, aqui - feitas pelos vereadores Valmir de Francisquinho e José Teles, o Zé de Toínho, tem procedência pela parte deles. Ambos vivem uma briga de gato e rato desde que Valmir foi candidato a vice-prefeito e se projetou nas hostes chiquistas. O motivo é a sucessão. Tudo na vida tem sua sucessão e, possivelmente a próxima eleição de Maria Mendonça à Assembléia – acredito que ela se eleja – será, no máximo a penúltima participação do nucleo familiar de Chico de Miguel na política. Ou seja, mais dia menos dia, haverá um cargo de líder à disposição com um considerável espólio eleitoral para tomar de conta. Isso não virá de graça, óbvio; mas o que melhor oferecer garantias à família e ao núcleo do grupo, esse ficará com o prêmio.
Suspeito – suspeita minha, não levem a sério, pois - que isso esteve na agenda do pessoal de Chico já a partir de 2003, quando houve uma aproximação muito grande com o hoje deputado federal Eduardo Amorim. Ocorre que Eduardo não tem luz própria, todos sabem disso. O acerto envolveria Luciano Bispo e daí um candidato de consenso à Prefeitura que resolveria o problema de todo mundo. As dívidas de Luciano e o problema sucessório dos Teles de Mendonça. Luciano foi pra briga e perdeu. Chico sentiu o prazer de antes de partir ver o poder municipal voltar pra dentro de casa. E Maria amargou o fato de estar vidraça no meio de uma pedreira sem fim, administrando um município de alto teor de vícios eleitorais, mas com a terceira pior renda relativa no Estado. Quanto aos Amorim, esqueçam deles querendo um cofre furado.

Desde 1823

Não existe a terceira via em Itabaiana. Desde 1823 – quando houve a primeira eleição – é assim. Ou se parte para ser a primeira para no mínimo ficar com a segunda, ou se aquieta conformando-se com um vereador aqui, outro acolá.
Diz um linguarudo amigo que tenho (que ele, Jose Valde dos Anjos não me leia) que aqui há dois partidos: o que está comendo e o que quer comer. Se os verbos são esses não posso atestar; mas que são sempre dois, disso não tenho dúvida. Tem famílias aqui que votam no mesmo lado desde 1823. Mesmo que os partidos tenham mudado de nome e de líder “n” vezes. E elas são a base para tudo o mais que ocorre na política em Itabaiana.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Os garotos do skate.

Tabareuzão que ainda sou, mas o era ainda mais em março de 1975 quando me alojei na Casa dos Estudantes para recomeçar minha vida de estudos e me integrar em definitivo à cidade. Logo em seguida estava em contato com a cultura universalizada através de revistas jovens como Pop, extinta, programas de rádio com música incrementada como a “Paradinha do Chicão”, na rádio Atalaia AM (ainda não existiam as FMs), e etc. Dois esportes radicais da garotada dos grandes centros na época me chamava a atenção: o vôo livre e o skate. Nunca me encantei com o surfe.
2002, dezembro, Praça de Eventos, por volta das 19 horas, dois garotos me chama a atenção justamente pela prática daquele esporte que me encantou 27 anos atrás. E aí mergulho na realidade: minha cidade ainda falta muito para aquilo que se conhece como cidade. Falta ci-vi-li-da-de. Que é também sentar-se à mesa num barzinho num fim de tarde ou numa manhã de domingo; mas, com certeza, não é essa cultura maluca de “beber, cair e levantar”(e ficando surdo), único esporte difundido por aqui com graves conseqüências, inclusive para a saúde. Falta entretenimento sadio. Falta a prática da cultura com alguma organização. Falta esporte. A reclamação dos garotos, salvo engano de nomes João Batista e Paulo Leonardo era que a Prefeitura prometera, mas não construíra uma rampa de skate; coisa básica. Até hoje não foi construído. E se o for, será numa condição que sirva pra tudo, menos para os desportistas praticarem o esporte.
A idéia da área de lazer era de uma praça de lazer! Com concha acústica para shows, pista para platéias grandes e até para dança, quadras de esportes, tobogãs, rampa de skate e uma série de brinquedos para a criançada. A concha acústica e o espaço de platéia se tornaram meio de vida pros amigos do rei (de todos os reinados); as quadras foram adaptadas para “outros carnavais”, e o local onde ficaria o restante da infra estrutura de esportes... foi doado DE BOCA a uma cooperativa de transporte... que não recolhe um centavo de imposto para ser aplicado, sequer na melhoria do próprio sistema. Nem um banheiro para seus passageiros constrói; fazendo com que os passageiros mijem nas calças ou aborreça a vizinhança atrás de um banheiro. Agora se acena com uma Praça de Esportes. Extremo leste da cidade, de indiscutível utilidade para a população ao seu entorno. Mas não é uma obra para Itabaiana; e sim para parte dela.
E continuamos sem uma política de esporte como bem alega o professor José Costa:

O ESPORTE EM ITABAIANA
O maior orgulho dos itabaianenses no esporte é com certeza o time de futebol profissional, a Associação Olímpica de Itabaiana, que foi fundada em 1938 como Botafogo Futebol Clube e depois passou a se chamar Itabaiana Esporte Clube. O Itabaiana sagrou-se campeão do Nordeste e vice-campeão Norte-Nordeste em 1971 e por 9 vezes campeão sergipano, nos anos de 1969, 1973, 1978, 1979, 1980, 1981, 1982, 1997 e 2005. As maiores conquistas da AOI tiveram a frente o desportista José Queiroz da Costa como presidente. O tremendão da serra participou da Taça Brasil, Taça de Prata, Taça de Ouro, Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil.
O campeonato amador de futebol é uma sensação em nosso município. É realizado a mais de 40 anos com dezenas de equipes, disputado nos finais de semana nos campos de pelada da cidade e dos povoados, dando aos atletas não profissionais a oportunidade de disputarem um torneio bem organizado, que incentiva a prática esportiva aquelas pessoas que trabalham durante a semana e só tem os finais de semana para praticar esporte e que vem revelando vários atletas ao longo dos anos para o futebol profissional.
O futsal itabaianense também teve um destaque especial em nossa cidade nas décadas de 60 e 70, na quadra do G.L.E.I, onde hoje é a loja M.Sobral, através do desportista “Chico Cantagalo” que realizou diversos campeonatos adultos, os quais revelaram vários jogadores para o Itabaiana e os times de Aracaju.
Em 1972, o desportista Wilson Cunha, o “Gia”, fundou o Itabaiana Coritiba Esporte Clube que se sagrou Eneacampeão sergipano de futsal adulto, campeão do Nordeste em 1992 e participou de três campeonatos brasileiros. O Coritiba também disputou o campeonato sergipano de futebol profissional sagrando-se campeão da 2ª Divisão em 1996 e vice-campeão da 1ª Divisão em 1997.
No esporte escolar, o Colégio Estadual “Murilo Braga” foi o maior celeiro de atletas do interior e um dos dez melhores de Sergipe em todos os tempos, obtendo excelentes resultados nos Jogos da Primavera, Jogos Infantis, Jogos das Escolas Públicas e Jogos Estudantis. O CEMB destacou-se no basquete, futsal, futebol de campo, handebol, voleibol, ciclismo, atletismo, tênis de campo e outros esportes individuais, com um trabalho de dedicação, abnegação e competência dos professores Gersonito, José Antonio, Manoel da costa Lima, Ronaldo Lima, Wilson Reis, Alberto Fontes, Benjamim, Valtênio Alves, Marcos Lima, Nivaldo, Jair Marinheiro, Henrique, José Costa e outros mais, que ensinavam à iniciação dos esportes.
A Rua de Lazer foi outra atividade que teve uma importância fundamental para a massificação do esporte amador em Itabaiana, com milhares de crianças e jovens participando nas ruas da cidade e nos povoados de atividades recreativas e esportivas, aos domingos e feriados. O projeto foi iniciado em 1985 pela Prefeitura Municipal de Itabaiana que infelizmente acabou em 1989 com a mudança do comando político municipal na época. Os professores de educação física José Costa, Valtênio, Wilson Reis, Benjamim, Jair Marinheiro e Josiel foram os responsáveis pelo projeto. Anos mais tarde, o Vereador Wilson Reis retornou a Rua de Lazer com sua equipe.
Ao longo dos anos, vários espaços esportivos foram importantes para o desenvolvimento do esporte em Itabaiana, destacando-se o Módulo Esportivo, antigo campo Etelvino Mendonça, onde a AOI ganhou o primeiro título estadual em 1969; o Estádio Presidente Médici; as quadras de cimento do CEMB hoje situado o Ginásio de Esportes Miltão; a Quadra do G.L.E.I e os campos de pelada do município. É lamentável que o município de Itabaiana com a história que tem no esporte, não tenha um ginásio esportivo municipal ou estadual para realizar competições em âmbito estadual ou nacional e também para servir a população em geral.
Itabaiana sempre foi respeitada por todos sergipanos quando o assunto é esporte, seja ele profissional ou amador, porque aos longos de décadas os itabaianenses sempre tiveram a honra de representar nosso município em competições estaduais e nacionais com competência e acima de tudo por ter orgulho de ser “ceboleiro”, como nós somos chamados pelos nossos adversários, apelido dado a nossa gente, pelo fato de que anos atrás o nosso município era o maior produtor de cebola de Sergipe e um dos maiores do Nordeste.
Esperamos que o esporte em Itabaiana volte a ser incentivado e valorizado pelas autoridades municipais e estaduais como algum tempo atrás, para que ele possa contribuir na formação integral de milhares de crianças e jovens itabaianenses, afastando-os das drogas, bebidas e das más companhias.
José Costa
Professor de Educação Física
CREF 000245-G/SE

domingo, 21 de março de 2010

Tempos modernos.

A reação do ex-prefeito Hélio Mecenas de São Domingos às postagens de Edivanildo Santana em seu blog vem mais uma vez mostrar que esse pessoal da antiga não conseguiu captar os novos tempos (aqui).
Agora não é mais o diretor da rádio, do jornal, da revista ou TV o responsável pela notícia. Qualquer anônimo, - qual-quer - pode funcionar como um jornalista. Um celular não é somente aquilo que teimo em achar que é: um aparelhinho pra falar e dar recado. Não! Como bem demonstra uma propaganda atual, de uma garota que consegue juntar um monte de gente num instante e com isso impedir o corte de uma mangueira centenária, o celular é câmara, gravador e até filmadora e, pior, emissora de comunicação. Apenas um celular. Não estou a falar de um computador com toda aquela tralha de fios; e sim de um celular. Um simples celular.
Uma notícia vara o mundo todo em questões de segundos através dos e-mails, blogs, páginas de relacionamentos como o MSN, twitter, etc., e os danados dos celulares. Danadinhos! Uma foto e lá se foi uma mentira ardilosa e (quase) perfeitamente bem bolada durante meses.
Anotem: Sarney (que com 60 anos de vida pública entende das coisas) já sinalizou: a democracia vai ser direta. Nada de deputados, senadores, vereadores, etc.; e até a Justiça se prepare para alguma ONG de ombudsman, aquele, ou aqueles caras, que criticam o sistema de dentro do próprio sistema.
Tá ficando complicado permanecer com a política das arrumações à antiga. É melhor se acostumar e se adaptar.
Internet não é só propaganda como pensam os espertos. Internet é informação contundente; contraditório; desmentidos “na lata”; contínuo esfregar nas ventas dos dissimulados, dos mentirosos. Quem tá sofrendo com a internet é gente grande. Imagina o que acontecerá aos pequenos.
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Aliás, para registro aqui, Edivanildo Lima (ops!) Edivanildo Santana estréia seu "Na Boca do Povo" amanhã na Princesa FM.
(Edivanildo Lima é uma gozação, lembrando de como o radialista se assinava quando jornalista do exército dos não remunerados de apenas três repórteres, redatores, diretores, vendedores, divulgadores, distribuidores e mais um monte de atribuições do jornal Tribuna do Povo, março-maio de 1982).