sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Reflexões.

Em mais um início de governo, como ocorre a cada dois anos no Brasil e de forma alternada (ora prefeitos, ora governadores e presidente), concorre para nossas reflexões o excelente texto de Saul Leblon (aqui) no Carta Maior, especialmente nos parágrafos 11, 12 e 13, em que analisa o poder de decidir, a necessidade de decidir, e a vontade de decidir. Sem medo. A diferença entre candidatos a politiquinhos e a estadistas.

Tolstoi - per saecula saeculorum.

Ouvindo mais uma vez a arrastada participação do deputado Venâncio Fonseca (é arrastado, mesmo; tipo desliga rádio ou dorme com ele ligado), hoje pela manhã, na rádio Itabaiana FM lembrei de dois personagens. Um o jornalista Joelmir Betting que tinha (nunca mais o ouvi) o hábito de tascar a seguinte frase: “essa é pra pensar na cama”. O outro, o grande escritor Leon Tolstoi que disse algo mais profundo e duradouro: “Se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia.”

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Boas intenções.

Hoje pela manhã, num “tour” de trabalho passei pelo miolo do Projeto Jacarecica I e, mais uma vez vi como se opera um milagre. Num lugar onde a anos atrás somente existia pasto de baixa qualidade para o gado no inverno e terra ressequida no verão, ora saltam verdes plantações de frutas, verduras e legumes. Em menor monta vi isso também em alguns povoados onde perigosamente seus agricultores estão usando água de poço pra irrigação. Digo perigosamente pelo fato da salinização irreversível do terreno. Por outro lado, na banda sul do município, no Projeto Ribeira ocorre algo semelhante ao Projeto Jacarecica, apesar de alguns gargalos ultimamente denunciados na mídia.
Bem, mas também hoje pela manhã, segundo leio e ouvi na mídia, também houve o encontro sobre empreendimentos realizados pela novata Secretaria de Planejamento, Indústria e Comércio do município que envolveu várias autoridades do mesmo e até do Estado, além de boa quantidade de empresários, reais e pretensos, com a finalidade de estudar viabilidades econômicas para Itabaiana. Isso é bom. Todavia, também é bom, não perder o foco de que o poder público não pode inventar, quando o assunto é economia direta; quando mexe com os humores de empreendedores privados. O exemplo disso está nas inúmeras tentativas de indução ao progresso econômico em variados projetos falidos no Nordeste, em Sergipe e até mesmo em Itabaiana. Ao contrário, quando se aproveita uma tendência - o caso da irrigação com os projetos acima referidos – os resultados são impressionantes.
Sou de uma geração que cresceu colhendo benefícios dos investimentos macro-econômicos feitos pelo Estado, e que por isso, abomina o jargão neoliberal da não intervenção estatal no processo econômico. Entretanto, é preciso ter em mente que há limites que devem ser respeitados e que, pelo seu natural gigantismo, o Estado, não importa a esfera em que esteja há que ser muito criterioso em deitar tais investimentos sob o risco de desastre humanitário, financeiro e até político de seus operadores. Enfim, sonhar é preciso.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Urgência.

Sinceramente, tá ficando cada vez mais insuportável a baderna em que se transformou o trânsito em Itabaiana.
Cena um: sedan marca fiat, parado em frente a um bar na Avenida Valter Franco, via essa já tomada por um monte de caminhões que seus condutores estacionam com bem entendem; eis que lá está o carro, literalmente no meio da rua e ainda por cima levemente atravessado, atrapalhando tudo. A avenida é larga, porém, tem limites pra tanto “espaçoso”.
Cena dois: Rua Campo do Brito, de trânsito com sentido duplo, atapetada de carros estacionados de um lado e de outro. Às nove e meia de uma quarta-feira encontro uma viatura da Polícia Militar estacionada em fila dupla com seus ocupantes conversando amenidades com um transeunte.
Se há coisa que não dá pra suportar é abuso de autoridade. O filho “de nossa senhora” já tem um poder descomunal em relação aos outros; inclusive o de atirar nos outros – caso de policiais - e depois inventar a desculpa com a conivência dos colegas (às vezes comparsas, mesmo)... mas ainda acha que é pouco. É desesperador.
Luciano Bispo não vai poder repetir Maria Mendonça e empurrar isso com a barriga por mais quatro anos. Vai ter que tomar atitude. E é melhor que seja logo.