segunda-feira, 5 de abril de 2010

Férias

De férias. Até 1° de janeiro de 2013.
Obrigado a todos pela atenção.

domingo, 4 de abril de 2010

A civilização berimbau.


A dois anos atrás o coordenador de medicina da tradicionalíssima Faculdade de Medicina da Bahia, desesperado com o pouco caso que seus pupilos estavam dando ao aprendizado na arte de curar – e seus péssimos resultados no ENADE - tacou uma frase que provocou grande alvoroço e ficou célebre: a de que "o berimbau é o tipo de instrumento do indivíduo quem tem poucos neurônios" (mais aqui).
Ora, o berimbau é apenas um instrumento musical de percussão como o tambor, o violino, o piano, enfim, um instrumento só não faz verão. É preciso uma coleção enorme de instrumentos em sinfonia para que possamos ouvir uma bela música. Ouvir apenas um deles, nem sempre é gratificante.
Mas, infelizmente, ao menos no que toca a produção de música o professor está certo e não apenas relativo à Bahia. Sinceramente, obrigado a ouvir esses tambores primitivos ditos de pagode o dia todo, todo o dia, acho que anda faltando neurônios, como disse o professor.
Gente, tem brega demais! Je-sus!
Não aparece mais nada com um arranjo, com um mínimo de sofisticação. É só brega, e não é daqueles melosos, bem arranjados, com vários instrumentos bem tocados, interlúdios... não! É de reboleixon pra trás. É coisa de deixar qualquer tocador de berimbau aturdido, injuriado.
E pra piorar, os emergentes (tabaréus que ganharam algum dinheiro e resolveram se mostrar), que só conhece isso e tem raiva de quem conhece algo mais não param de azucrinar os ouvidos alheios com seus possantes porta-malas, essa mania de marginal americano dos anos 70 tão bem copiada no Brasil.
...
Gravura: Tocador de berimbau, (início do século XIX) Jean Baptiste DEBRET, Coleção de Iconografia da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.