sábado, 19 de fevereiro de 2022

HISTÓRIA VIVA

 

01 - Fefi e eu; 02 - o aprendiz de música da Filarmônica Nossa Senhora da Conceição, Tobias Barreto (estátua), tocando flauta para os pombos, e tendo ao fundo o Cartório de 1º Oficio, de 16 de junho de 1700, ao lado da Prefeitura; 03 - parcial da Praça com o monumento à emancipação de Itabaiana, de 20 de outubro de 1697 e; 04 - seu detalhe em zoom.

Hoje pela manhã fui ter com meu ídolo, desde a infância, amigo, ex-patrão na Rádio Princesa da Serra, uma pessoa de quem me aproximei e mais fortaleceu minha admiração por ele, Francisco Tavares da Costa, nosso querido Fefi, 88 cravados de idade com muita experiência e serviços prestados à nossa comunidade serrana.
Fefi se convalesce de uma fratura múltipla na coluna vertebral, produzida por uma queda há quase um mês e teve que obviamente parar o seu exercício diário de mais de 50 anos de levantar cedo e ir para sua tipografia – Gráfica Tavares – com a qual prestou relevantes serviços na arte de perpetuar pensamentos; e de vez em quando ainda faz alguma coisa para “dar manutenção” a tipos, prensas, guilhotinas e etc.
Enquanto me dirigia à residência 149 - à direita da matriz de Santo Antônio e Almas na velha praça Fausto Cardoso, que com a Rua do Sol, ou General Valadão, se constitui no embrião da cidade de Itabaiana, desde aquele longínquo 30 de outubro de 1675, me aflorava um compêndio da nossa História, desde a recente, a mim contemporânea, à que somente os documentos trouxeram a lume.
Do ponto de vista contemporâneo, e ao encontrar o amigo Ênio Filho, veio-me me à memória quantos ali já não encontro mais, seja colegas, amigos e amigas, paqueras religiosamente de todas as noites de sábado e as vezes até nos domingos, no tradicional circuito da caminhada pós-missa; seja outros grupos de frequentadores, alguns ali residentes como os saudosos Ezequiel Noronha, Antônio  Francisco de Jesus, o Tonho de Chagas; e o próprio Hênio Araújo, o pai do Ênio Filho, obviamente.
A Praça é História pura!
Ali foi enforcado Mata Escura, imortalizado nos documentos e nos versos de Volta Seca a gozar da valentia de Lampião(*); também o mascate João Gomes no finzinho da primeira metade do século XIX. Fora as confusões eleitorais de 1823 a 1964, quando as eleições mudaram definitivamente de local. Ali se viu nascer o esplendor comercial com as feiras de algodão da década de 1860 em diante; ali, exercitando a sagrada resistência, na década de 1970, o maestro Antônio Melo entoou seus maviosos sopros no solitário clarinete durante as cálidas tardes preguiçosas de verão, à espera da nova geração que veio depois a trazer a glória à vetusta Filarmônica Nossa Senhora da Conceição. Ali gerações de jovens e adolescentes tanto sonharam e se projetaram.
Parafraseando o Caetano Veloso (in Sampa)... Alguma coisa acontece no meu coração, que só quando cruzo a Praça Fausto Cardoso; quase uma devoção.


(*)
“Lampião diz qu’é valente
É mentira é corredor
Correu “da” Mata Escura
Qu’a poeira levantou”


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

II EXPO-INDÚSTRIA 2022 - ESQUENTANDO MOTORES.

Na última segunda-feira me foi enviado pelo publisher e promotor de eventos, o amigo Honorino Jr, o Júnior da Perfil, e um dos timoneiros da nossa comunidade atual o convite acima.
É que nessa quinta-feira, amanhã, 17 de fevereiro desse 2022 ocorrerá um Café com Negócios a partir da sete da manhã, na Praça de Alimentação do Shopping Peixoto, com o objetivo de congregar o empresariado serrano, especialmente do ramo industrial, com vistas ao retorno dos grandes eventos dessa natureza, ou seja, a II Expo-Indústria que terá lugar no pátio externo do mesmo Shopping Center, em fins de do próximo mês de abril.
A interação vai além das comilanças, bate-papos de praxe e da troca de experiências, como também com a enriquecedora palestra DE EMPREENDEDOR PRA EMPREENDEDOR, que será feita pelo grande empreendedor serrano, Edson Passos, da Ethos Incorporadora.
A II Expo Indústria será mais um evento a saciar a sede de sociabilidade da classe dirigente, e de ambiente de negócios de quem tem passado dois anos de semi ou total clausura, com o medo sempre batendo à porta; quer relativo à economia, quer relativo à própria vida. Já que diante de uma pandemia de natureza ainda desconhecida.
É a retomada da normalidade.
A economia, o emprego e o progresso social agradecem.

Eu estarei presente.

domingo, 13 de fevereiro de 2022

E O BRINQUEDO É DO SEU ZUCKA, NÉ?

 

Reunião de 7 de setembro de 2011, Grupo Guilhermino Bezerra.
Da direita os componentes Robério Santos, fundador do grupo ITABAIANA GRANDE, no Facebook; Luiz Antônio Barreto, Antônio Samarone de Santana, Jorge Pinheiro de Souza e de costas Eduardo Andrade.
Depois de dez anos, muita conversa, muita intimidade revelada em fotos, pensamentos soltos e fraseados e até textos menos simples; muitos amigos feitos, e também amigos reais revelados com muita intolerância e falta de respeito, e por isso amizade cortadas, depois disso fui convidado a sair da maior rede social, o Facebook. Desde o dia 10 a plataforma me requer uma autenticação que ao mesmo tempo me é prontamente negada quando busco atender o solicitado... para bom entendedor, meia palavra basta: estou fora.
Entrei no Facebook no dia 08 de setembro de 2011, fruto de um acordo numa reunião no dia anterior, em 07 de setembro, com alguns agentes sócio-culturais, aqui de Itabaiana, e estimulados pelo saudoso Luiz Antônio Barreto, ex-secretário de Estado da Cultura e responsável mais uma lista enorme de realizações. Nela, Robério Santos, presente à reunião sugeriu um grupo pela rede social, apropriadamente chamado “Itabaiana Grande”, grupo esse que seria à cereja do bolo em nosso projeto, pois conectaria, não somente o grupo restrito presente naquela sala do Grupo Escolar Guilhermino Bezerra, mas milhares de itabaianenses e outros que assim o quisesse.
Doze anos antes, justo em setembro de 1999, ao lançar minha segunda e última tentativa de estabelecer um mínimo de registro eternizado da sociedade itabaianense, um jornal, o SerraShopping, e de memória refrescada da pobreza de registros nos 50 anos de nossa maior unidade de ensino, o Colégio Estadual Murilo Braga, justo a comemorar no 29 de novembro daquele ano, tive uma ideia de começar a prospectar arquivos pessoais, estimular a revelação de fundos familiares em forma de fotografia. Intuía eu que muitas preciosidades em forma de fotografia deveriam estar contidas nesses arquivos e sujeito a desaparecer para sempre se não compartilhado a tempo; e que no caso, sem sequer a ideia do que viria pela frente, o caminho seria o meio tradicional impresso e socializado: o impresso. Um jornal.
Mas o projeto foi só um devaneio. Além da impenetrabilidade nas famílias, que naturalmente seriam refratárias à ideia de expor seus passados, o meio ainda de alto custo através da impressão fez o devaneio ser apenas um devaneio e morrer antes de nascer.
Em 2002, o programador Divya Narendra criou o ConnectU para os dois estudantes gêmeos, depois financistas (modo educado de chamar agiotas), Tyler e Cameron Winklevoss, que convidaram Marck Zuckerberg para o grupo, mas esse logo caiu fora; e, em 2004 apresentou seu The Facebook, exatamente a ideia aprimorada da criada por Divya Narendra e pensada exatamente igual. Os gêmeos, donos do site processaram Zuckerberg por roubar a ideia e em 2008 receberam algo em torno de 65 milhões de dólares num acordo. E em 2011 o Facebook já era a sensação e nele entrei. Maravilhado por ver materializada, de forma infinitamente maior aquela ideia meio envergonhada porque praticamente impossível de se fazer de 1999.
Ao lado do Google, o Facebook/WhatsApp/Instagram são literalmente os donos do mundo. E, justo por serem os donos do mundo eu abro mão – já que assim o Seu Zucka quer - de uma das suas formas de dominação que, de fato lhes não farão falta: a internet toda é deles.
Durante esses dez anos eu criei várias páginas na plataforma. A maioria delas não serão mais por mim atualizadas, já que impedido de acessar o sistema; e as que forem serão porque se trata de páginas coadministradas. Serão atualizadas por outros.

Tô fora!