sábado, 13 de julho de 2013

Fim da Praça João Pessoa: temores cada vez mais reais.


Quando foi iniciada a polêmica com a história da “Revitalização” da Praça João Pessoa, há mais ou menos um mês atrás, me vieram temores que por trás do tal projeto, de fato estivesse a intenção de transformar o espaço verde – um dos pouquíssimos que temos em nossa cidade – em mais um largo pra estacionamentos de empresários que ganham dinheiro de dia por aqui, e à noite vão passear na belíssima Orla de Aracaju, onde moram. Mostraram um projeto feito pela arquiteta Catarine Cunha e juraram que não seria arrancada nenhuma árvore. O primeiro ato da tal “Revitalização” foi cercar pra ninguém ver o que lá dentro ocorre; o segundo... arrancar a primeira fila de árvores, como previsto. Por trás da dita construção está a mesma mente que de fato inspirou a construção do calçadão da Avenida Airton Teles em 1986, uma eitada de pedra para montanha de granito nenhuma botar defeito; aliás, como quase todos os entusiastas do mega-estacionamento, morador há anos em Aracaju. 
Pois bem, mais dois ingredientes agora me aumentam a preocupação: o dinheiro é pouco. A última praça construída em Itabaiana foi a João Pereira que na época recebeu o aporte federal de 400 mil reais e tiveram de arranjar mais duas verbas adicionais uma de 400 e outra de mais de 200, algo em torno de um milhão na época e que hoje seria de um milhão e meio atualizados; isso levando em conta que a quadra já estava pronta desde a administração anterior. Mas, a maior preocupação, e que aponta no sentido de destruição total da Praça é a história cada vez mais forte e espalhada pelos entusiastas a qualquer custo da atual administração de que o Ficus, a árvore hoje reinante, é prejudicial. Uma plantação da ideia de que deve ser substituído. É a mesma história de fins da década de 60 quando destruíram as árvores no Largo Santo Antônio. A mesmíssima. Claro, literatura a respeito, contra e a favor, se encontra aos montes na internet, inclusive com as opiniões dos indefectíveis “especialistas”. E, portanto, os fícus serão substituídos pelo quê, se o dinheiro não dá? Ora, paralelepípedos, como no “Espaço Jovem”. No máximo na pedreira desenhada que é o calçadão.