sexta-feira, 24 de abril de 2009

Leituras que valem à pena.

De forma direta, o jornalista Luis Nassif disseca muito bem a agonia que ora atinge o velho e resistente sistema brasileiro. O que, quando parece se mover, o faz a reboque das políticas centrais, leia-se, do governo federal, ou mesmo das grandes potências.
Tomei a liberdade de grifar determinadas passagens que tão bem se aplica de forma doméstica. Ao nosso município e Estado.
(...)
"A rigor, toda democracia representativa segue esse modelo. Na superfície, o formalismo político passa a ideia de participação de todos nas decisões. Nas profundezas, o que ocorre é um jogo de poucos, grupos econômicos, grupos de mídia, partidos políticos, objetivando alcançar o poder. Só que o poder permanente - conforme imaginado por Sérgio Motta, PSDB, ou por José Dirceu, PT - pressupõe o controle da economia, a formação de grupos aliados poderosos, a montagem de alianças regionais, que dêem sustentação aos planos eleitorais dos partidos e dos parlamentares.
É só conferir o grupo de amigos e aliados do governo George W. Bush quando este ascende ao poder. Passam a se beneficiar da desregulamentação do setor elétrico, da guerra do Iraque, das jogadas em telecomunicações.
A diferença do Brasil é que, a formação da nação americana sempre contou com os grandes reformadores, uma elite de primeira que definiu pontos essenciais para o desenvolvimento do país, acima dos interesses de curto prazo."
(...)
"Lula faz parte da mesma forma estratégica, embora demonstre mais vontade de fazer que o antecessor. Mas é incapaz de romper com a lógica do Banco Central, para não comprometer seu projeto de poder.
No fundo, é o que explica o pouco empenho por reformas, a anemia do governo FHC, depois da morte de Serjão - o único com impulso transformador -, a lentidão da gestão no governo Lula.
O fato novo é o avanço da Internet, dos bancos de dados digitais e a Operação Satiagraha, tornando esse modelo obsoleto."
Em resumo, seguimos a reboque do destino, esse elemento tão desconhecido. Uma nau sem controle. A eleição pela eleição. Até que venha o próximo desastre.
Leia mais aqui; aqui e aqui (pela sequencia)

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Comemorações.

A Presidência da República instituiu por decreto do último dia 17 de abril o Dia do Vaqueiro Nordestino que recairá sempre no terceiro domingo do mês de julho (mais aqui). Não sei o que motivou a escolha de tal data, todavia, na terra berço da pecuária brasileira (ver seqüência de vídeos aqui), a data quase irá coincidir sempre com a proximidade de uma outra tão importante quanto, para Itabaiana, que é o dia 16 de julho, dia do infortúnio de Melchior Dias Moréia no Gandu, e depois na Serra das minas, e conseqüente nascimento da lenda da prata.
Também foi instituído o Dia do Nacional do Caminhoneiro no dia 16 de setembro (mais aqui). Convenhamos, nada tem a ver com as tradições de Itabaiana já que esses profissionais aqui são homenageados na véspera do Santo Antonio, dia 12 de junho. Todavia, como Itabaiana se tornou a partir da metade do século XX passado, num grande centro de caminhoneiros, será mais uma data a ser comemorada.
Post Scriptum:
Desculpas pela informação truncada. Na verdade, as duas datas comemorativas foram instituidas mediante as leis 11927 e 11928, e não por decreto como posto no corpo do texto original acima.