quinta-feira, 28 de julho de 2022

PERDA TOTAL (?)

 

É impressão minha, ou Itabaiana está prestes a perder o bonde da História, ao deixar escorrer entre os dedos a dádiva divina, descida dos céus, “de graça”, sem custar um centavo, numa enfermaria da Maternidade São José? Porque do jeito que tá indo, só restará referências à Itabaiana na história da canonização de Santa Dulce dos Pobres no Vaticano, lá permanecendo como desbotado registro. Estátuas? As três quem tem desmoronarão sob o peso dos anos e o descaso por “uma Santa que não pegou”. Como a do Loteamento Santa Dulce, há mais de três anos já sob suspeita de sujeito as pedradas do vandalismo (montagem fotográfica em anexo).
Um a um os entusiasmados de primeira hora abrirão mão de estar malhando em ferro frio. E Itabaiana continuará a ser apenas um subúrbio “nobre” da capital
Enquanto Salvador, detentora de uma das melhores estruturas do turismo nacional, dedica especial capítulo à santa... Itabaiana faz ouvidos de moucos, justo quando tem o oportunidade de ouro, de graça pela graça concedida em 12 de janeiro de 2001, depois de uma hemorragia de 18 horas na Maternidade São José.
É profundamente entristecedor que onze anos depois estejamos fazendo turmas de romeiros ao Santuário baiano enquanto por aqui... apenas iniciativas pessoais que logo se desvanecerão diante da indiferença. Sequer uma referência mais palpável.
Ao mesmo tempo, situação e oposição só têm olhos “pr’aquilo”: suculentos cargos públicos do próximo governo. É lá se vai mais um dia.
E “Seregippe delrey cum Itapuama”(*) pelo ralo.

*Nome de mapa holandês de Sergipe, em 1646.

quarta-feira, 27 de julho de 2022

O MASSACHUSETtS DO BRASIL.

 

Já que é moda corrente entre brasileiros esse comparativismo, uso o título desse artiguete para expressar: Sergipe tem a obrigação de ser o Massachusetts do Brasil.
Um dos menores estados estadunidenses, a pequena unidade do nordeste da federação, o estado do Massachusetts tem apenas 6 mil quilômetros quadrados a mais que Sergipe (aproximadamente o que a Bahia nos levou depois de tudo acertado em matéria de limites que seria pela linha reta entre a nascente do rio Real, próxima ao Massacará, em Banzaê, e a Cachoeira de Paulo Afonso), 6,6 milhões de habitantes e uma das mais icônicas cidades do continente americano: sua capital, Boston, com 689.326 habitantes (2020). Suas duas universidades mais famosas são a primeira do mundo, o MIT – Instituto de Tecnologia do Massachusetts; e a quinta, a de Harvard fundada como colégio em 1636 com apenas 16 anos de existência da província, depois estado. Ambas na cidade de Cambridge, com 120 mil habitantes, área metropolitana de Boston.
Sergipe tem 21.994 quilômetros quadrados, 2,34 milhões de habitantes, a capital, Aracaju, tem 672.614 habitantes (estimativa do IBGE para 2021) e sua segunda cidade é Nossa Senhora do Socorro, com 187 mil, Lagarto com 106, Itabaiana com 97 e São Cristóvão com 92. Duas Universidades, uma pública, outra privada; e mais algumas faculdades privadas.
Ambos os estados fazem parte da porção mais antiga do país; onde primeiro a colonização europeia dizimou os nativos, aí se estabelecendo.
E porque as colossais distâncias, tecnológica, populacional e de rendas, se Sergipe é 30 anos mais antigo, e, sinceramente, no início não eram tão díspares?
Os resultados divulgados hoje da classificação da nossa UFS – Universidade Federal de Sergipe, com apenas meio século de fundação, mas que se encontra na terceira posição, rivalizando com locais bem mais aquinhoados como o Rio Grande do Sul e Minas Gerais; e não muito distante da USP (primeira) e Unicamp (segunda), ambas em São Paulo é que nos traz certa esperança que as lideranças políticas (nos três poderes), ao invés da mesquinharia atual passem a trabalhar efetivamente em prol do engrandecimento do estado e desatarraxe essa torneira que pinga, pinga e pinga, mas quando chega na hora “H” sempre aparece os espertalhões para levar todo o suco.
Este ano é mais um de tentativas. Na urna.
Que Deus nos proteja!