sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Vade retro

Art. 1º - A Circunscrição Territorial do Município de Itabaiana, limita-se atualmente com as dos Municípios de Frei Paulo, Ribeirópolis, Campo do Brito, Laranjeiras, Itaporanga D'Ajuda, Riachuelo, Divina Pastora, Santa Rosa de Lima, Malhador e Nossa Senhora das Dores e mede 529 quilômetros quadrados.
Art. 2º - A Sede do Município é a cidade de Itabaiana (elevada a esta categoria pela resolução nº 1.331 de 28 de Agosto de 1888) que é também Sede da Comarca do mesmo nome. (CAPÍTULO I - Da Circunscrição Territorial, Perímetros Urbano,
Suburbano e Rural.)



Bem. O disposto acima se refere à Lei 236 de 16 de novembro de 1962, o Código de Postura do município de Itabaiana. Aqui, Itabaiana tem zona rural com limites quase definidos com outros municípios, povoados, estradas vicinais etc. Essa Lei, como visto é de 1962.
Não faz muito tempo, nem três anos e fomos sacudidos com intensa propaganda sobre a construção “democrática” do Plano Diretor de Itabaiana (Lei Municipal 1208) que, só agora, depois de choramingar pelos quatro cantos do mundo itabaianense, esse reles escriba aqui conseguiu um exemplar do calhamaço de artigos que de fato, pra nada serve. Não lhe acreditam os que lhe escreveram; muito menos os que dele sequer têm conhecimento. O mais interessante é que, ao examinar-lhe encontrei-o cheio de falhas e pior, incompleto já que a maioria das Posturas municipais, urbanas ou rurais, estão muito mais bem delineadas na velha Lei 236. Detalhe: o disposto no artigo 1º desta não mais se aplica já que surgiram depois os municípios de Moita Bonita e Areia Branca. Sem contar que os valores para penalidades ali colocadas são impossíveis de serem cobradas já que estão em cruzeiros, na sua primeira versão.
A base legal do Município de Itabaiana é de arrepiar qualquer pessoa de bom senso. Não precisa ser advogado ou qualquer outro profissional das ciências jurídicas para se sentir desnorteado com tal bagunça. Geralmente os códigos são feitos a toque de caixa e repique de sino para adequar a Prefeitura a receber dinheiro, geralmente federal, e só.
Está cheio de terrenos doados ao Estado de forma irregular, por decreto do prefeito, o que é vedado por Lei maior desde Pedro I. Qualquer advogado esperto toma parte substancial do patrimônio público municipal pela absoluta falta de documentos, ou, se existentes, lavrados de forma errada. Já existiu código tributário em Itabaiana com previsão de cobrança de impostos alfandegários em portos de mar. O mais próximo disso que o município chegou é quando foi criado, e que chegava ao atual povoado Jurema, a um quilômetro e meio da Usina São Jose do Pinheiro, município de Laranjeiras.
O Plano Diretor de Itabaiana, quase que cem por cento desconsiderando a existência de área rural no município, é apenas mais uma peça de ficção das tantas por aqui criadas. Aliás, no que toca ao seu artigo 69, já foi completamente desfigurado com a Reforma Administrativa empreendida recentemente pelo prefeito Luciano Bispo. Também, quem liga pra isso?
Le loi c’est moi!

Plano Diretor reconhece de raspão que Itabaiana também tem zona rural (abaixo)

Art. 45 - Ficam criadas as seguintes Unidades de Conservação no Município de Itabaiana:
I – área dos Porções (de porção, parte, pedaço, mesmo) da Ribeira;
II – Área da Serra do Cágado;
III – Área do rio e Barragem do Jacarecica.
Art. 69 - Para a consecução de seus fins , o Município de Itabaiana terá a seguinte estrutura no Poder Executivo: Gabinete do Prefeito (...) Secretaria de Desenvolvimento Rural. (art. 69, Título IV – Da gestão Administrativa Municipal. Capítulo I – Da estrutura Administrativa Municipal.)

O preço.

A morte do ex-deputado Sérgio Naya, responsável e responsabilizado (quase crucificado) pelo prédio de areia que caiu no Rio de Janeiro há 11 anos é a prova cabal, mais uma vez, de que o crime não compensa. Apesar de sempre ter um otário metido a sabido a semear desgraças na vã mania de colher antes de plantar; e que com ele “não acontece” (a conta não vai chegar); “só com os otários”.
Não vale à pena. No mínimo pressões desnecessárias, que se tornam inevitáveis, e que, depois de corromper meio mundo de safados, conseguindo safar-se das cobranças legais, eis que chega a conta da saúde. Mas sempre tem gente que acha que pode.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Um quê de malogro.

Em nada me entusiasma saber que a Associação Olímpica de Itabaiana terá cem mil reais em prêmios a serem divididos entre seus atletas, caso estes ganhem o campeonato estadual em andamento. E esse sentimento não se deve à goleada de 5x0 tomada do Atlético Mineiro.
Exceto por períodos de curtíssimo tempo, a história não registra casos de empenhos pessoais, e portanto, vitórias, de membros de qualquer tipo de equipe apenas movidos pelo mercenarismo; pelo dinheiro. Às vezes, até mesmo durante um mesmo assalto os bandidos até horas atrás irmanados matam-se uns aos outros. Excitar a cobiça não é, pois, a melhor forma de se conseguir bons resultados. Enquanto as famílias romanas puderam manter a guerra à frente da soldadesca, em geral da plebe da própria Roma, movida a sal (isso mesmo, salário vem daí)e muito amor a Roma foi possível a uma cidade de comerciantes manter guerra por mais de quinhentos anos, expandindo o império. Quando a necessidade de homens pra manter as forças tornou-se cada vez maior, e assim como o recorrer a forças mercenárias, logo começaram os golpes cruentos pelo poder e em seguida os espasmos de decadência. Até a quase morte do império.
Não sei o que se passa no São Paulo da cidade e Estado de mesmo nome, mas, a julgar pela estabilidade de algumas situações no clube, há uma mão invisível por trás, muito bem posicionada a guiar os destinos do clube paulista que, bem ou mal, não pára de ganhar campeonatos. Isso se chama estratégia a longo prazo. Investimento. Paciência. Trabalho real.
Mas como não tenho autoridade ($) pra falar em assunto de dinheiro...
Por falar em estratégia... por onde andam as escolinhas de futebol de Itabaiana?

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Meninos birrentos.

Bem apropriada a matéria grafada por Jamysson Machado em seu portal. Não sei quem diabos está a assessorar o prefeito e a ex-prefeita, nesse bate-boca interminável nas ondas do rádio, mas que está parecendo coisa de menino encrenqueiro, isso tá. Coisa de interiorzinho. Daqui a pouco começa a ficar ridículo.

"Billy, the king".

Trabalhar em casa sempre foi o sonho de muita gente ao longo dos tempos, geração após geração. Eis que a informática ampliou consideravelmente essa possibilidade. Nas comunicações... nessas nem se fala. Basta um laptop com conexão 3G e se produz que é uma beleza. Pois bem; mas isso tem seus inconvenientes. Hoje ao meio dia, na sua participação no Programa Realidade da Itabaiana FM, comandado por Francis de Andrade, o repórter Jota Junior se viu acuado por seu próprio cão, o Billy, que resolveu fazer-lhe contra-regra com insistentes latidos enquanto o sempre paciente Junior tentava terminar o assunto em particular, ao vivo. O curioso é que Júnior iniciou no rádio exatamente fazendo sonoplastia, logo, também contra-regra.
Palmas pro Billy, o rei. Quem de fato manda.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Apequenamento

“Não se apequene, Fernando! Não se apequene.” Essa teria sido a mais marcante das últimas frases do ex-ministro Sérgio Mota, o Serjão, em seu leito de morte, ao seu presidente, Fernando Henrique Cardoso. Serjão foi o mentor intelectual e operador do político FHC. Foi quem o lapidou para exercer o poder a qualquer custo, pondo-o no caminho do conservadorismo neocon que o levou à vitória e glória efêmera. Era bom de briga. Muito bom. Quase tudo das maluquices praticadas pelo governo FHC e que deu na quebradeira de 98 teve o dedo de Serjão. Até o meu telefone eu pago mais caro por que foi uma das moedas usadas por Serjão pra conseguir apoio a FHC.
Mas aterissando na terrinha, por que cargas d’água a Prefeitura Municipal de Itabaiana, cidade oficialmente com mais de 85 mil habitantes, com curso público de 2º grau que está completando 40 anos (Murilo Braga), uma das maiores redes de ensino do interior, milhares de estudantes de terceiro grau... por que num lugar desses ainda se convoca um concurso sem amarras legais de privilégios para seus cidadãos? Para os que são aqui domiciliados?
No meu modo de entender, fui educado por meu pai que “o galo onde canta, aí janta”. Tudo bem que em algumas cidades menores haja a necessidade de profissionais de fora em número razoavelmente grande. Mas, em Itabaiana? Não estaria havendo aqui um apequenamento? Fuga de renda, no mínimo?

Neo-neocon

A era neocon se notabilizou por privatizações (no mundo inteiro) pra lá de suspeitas; pirâmides financeiras que quebraram empresas centenárias, acabaram com marcas seculares, puseram milhões de pais de família na rua (fora do emprego)... enfim, foi a era do tudo e agora e vá pro inferno quem achar ruim. Também se notabilizou pelas guerras cínicas, aquelas em que o agressor não precisa de álibi; sequer bem cria-lo, como a do Iraque. Mas a era neocon também veio acompanhada do fortalecimento enorme de uma praga que existe desde que o primeiro humanóide soltou o primeiro grunhido: a mania de difamar, caluniar, injuriar. O pior é que há sempre os apressadinhos que acreditam que “é por aqui”. E aí vem a pressão pela baixaria.
Eu não ouvi o meu amigo Edivanildo Santana na sua reestréia na Rádio Capital do Agreste, hoje pela manhã. Me preocupa, contudo, a observação – na verdade preocupação - da também colega blogueira e radialista Aninha Mendonça na parte do seu comentário que diz que “os patrocinadores gostaram”. Se o linguajar for esse, daqui pra frente, preparemo-nos pr’um festival de parte a parte da mais genuína m. E olha que estamos a ainda dezoito meses do próxima campanha política.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Isso é que é tiro no pé!

Eis ao que leva a cegueira movida pelo lado fácil das coisas; o de dizer ou escrever obviedades. De viver apenas a praticar efeito manada. Enfim, ser arrogante do tipo "se quero, então posso; se posso, então faço". Mais aqui. Parece certas idéias "espertas" que pululam por aqui.

Ansiedade.

Em que pese o tempo inteiro o prefeito Luciano Bispo repetir que não que governar olhando pra trás, todavia é visível o clima de revanche, de ansiedade de parte de seus auxiliares e até pessoas sérias e partidárias suas, no sentido de comparação. Mostrar que faz mais e melhor que Maria Mendonça. Cá pra nós, esse foi o primeiro e mais letal erro da equipe da ex-prefeita. É impossível não haver comparativos. Isso, contudo, quem deve fazer é o povo. Quanto mais espontaneamente, melhor.

Visão curta; olho grandão.

De vez em quando se vê “amigos” de Luciano Bispo vomitando fogo por conta dos “inimigos” que Luciano “não botou pra fora”. È impressionante esses “amigos”. Em primeiro lugar faltam com o respeito ao chefe maior colocando-o como um incompetente. Um incapaz que não sabe distinguir quem é amigo ou quem é inimigo. Em segundo, esquecem - ou não ligam para o fato - de que um líder que quer ser uma liderança estadual, passar além dos muros do quintal, não pode perder tempo administrando sentimentos de bando; de quem vê o poder apenas com o um pote de ouro a ser garfado a cada administração. Deixa o cara trabalhar, oh!