domingo, 12 de julho de 2009

A “ponte” de Déda.

O projeto de reforma do Baptistão com vistas a sediar uma sub-sede da Copa 2014 é de um nível de imitação de outra idéia – que não deu certo – impressionante.
A Ponte Construtor João Alves que atravessa o velho rio Cotinguiba, rebatizado por Sergipe na busca desenfreada por uma identidade, ainda em meados do século XIX está lá. E serve. Todavia continua a pergunta de dez em cada dez pessoas sensatas quando seu projeto veio à tona: pra quê, agora? Era óbvio o interesse do então governador João Alves Filho em transformá-la no símbolo de grandeza sergipana e de seu governo. E em votos. Não deu. Ao invés de ajudar, serviu de galhofa. E ninguém em sã consciência pode dizer que o conjunto arquitetônico é feio.
A idéia de fazer uma mega-estrutura a partir da reforma do quarentão Baptistão é interessante. Todavia, não haveria projetos de bem maior alcance social, econômico e político no Estado que a mega-estrutura que ali se cogita fazer? Se é pra candidatar-se a uma vaga entre as cidades privilegiadas para a Copa 2014... E não já foram todas elas definidas? Ou por acaso os assessores do governador acha que uma Copa do Mundo é como uma feira livre de interior de Sergipe, que se pode mudar a bel-prazer? Teria Sergipe, com dez anos de intenso e ininterrupto crescimento, condições para sediar tal evento? Não basta estádio. Não bastam hotéis, vias expressas... o lugar tem que ter algo mais que se não constrói em cinco anos.
Essa reforma ta mais para a Ponte de João Alves; e essa suposta participação na Copa 2014, mais parece a história da refinaria de João Alves, lembram?
Sinceramente esperava (talvez ainda espere) bem mais de um governo do “companheiro” Marcelo Déda Chagas.
Veja aqui mais sobre jogo de aparências e micos.
Mais sobre o projeto Baptistão aqui (clique) (pós edição 18:46)