segunda-feira, 13 de julho de 2009

A quem interessa?

É sabido que em tempos idos, nos tempos dos delegados “não formados” - todos apaniguados por colegas superiores; por gente da Justiça, mas principalmente por coronés da política - era comum com a chegada de novo comando ocorrer algum distúrbio na localidade em que chegava. O mais comum era uma guerra entre as facções da bandidagem. Era uma forma rápida e prática do novo titular se livrar de problemas. Justiça de bandido é a execução. O novato armava um alçapão de forma que as quadrilhas somente se davam conta da armadilha quando já tinham morrido quatro ou cinco de cada lado. Limpeza, diziam os “pragmáticos”; os que acreditam que matar bandido resolve problemas de violência. Justiça, diziam outros, adversos à violência, mas vítimas diretas ou indiretas dela. Mas havia também os caça-níqueis – nunca provados. Os que, para conhecer a fina flor da marginália liberava geral. Usava uma espécie de mandamento de Maquiavel. Este diz na sua obra, “O Príncipe”, que o povo só pede para não ser molestado, o que é fácil de fazer. Logo, se o povo não está devidamente molestado, que se providencie a tal “mulésta”. Depois, uns apertos aqui, outros ali, e os níveis de violência voltam ao estado de suportabilidade de uma sociedade já violenta e violentada e, palmas para o herói.
Essa onda de exacerbação da violência que ora se abate sobre Itabaiana(mais aqui), como tantas outras, é, definitivamente suspeita. Parece que abriram os portões do inferno e mandaram “os cão” todinhos para cá. Que me perdoem o exagero, mas parece coisa orquestrada.
Além dos bandidos comuns, quem está a ganhar com isso?
Em Itabaiana “corre dinheiro”, mas também se ansia por civilidade.
Aviso: a internet acabou com o conluio imprensa+políticos poderosos ao expor-lhes as víceras impiedosamente e de forma indefensável. Acabou com a integridade de salafrários que se ocultavam por trás de títulos pomposos ou cargos magestosos. Até agora, contudo, tem poupado a Segurança e até mesmo a larga porção da Justiça. Mas isso vai acabar. Nem mesmo os aiatolás conseguem segurar essa onda.