terça-feira, 24 de novembro de 2009

Triste quadro de burrice humana.


“O pacato cidadão te chamei a atenção não foi à toa não.
C’est fini la utopia. Pois há guerra todo o dia, dia a dia não.”
(Skank, Pacato cidadão)


Uma colega de trabalho chegou hoje ao setor onde trabalhamos aparentando mais cansada que de sempre. Conversa vai, conversa vem, logo descobri, ao menos um dos motivos: cansaço de ver tanta gente morrer ou ficar espandongada por facadas, tiros e acidentes, principalmente de motocicletas. O desabafo veio quando perguntada por determinado paciente do hospital público onde também trabalha e ao qual acompanhou-lhe no processo de internação. Segundo ela, é impossível prover de leitos suficientes os hospitais, feitos para a normalidade, não para uma guerra. Feitos para receber gente doente; não as adoecidas, na maioria das vezes mortalmente pela total burrice humana. Uma legião de jovens perdendo a vida todos os finais de semana; ou ficando aleijados para sempre. Uma multidão de criaturas que se esfaqueiam, se atiram, se matam ao menor motivo. Coisa de gente burra, mesmo.