O odontólogo José Valde dos Anjos conquistou, homericamente sua ascensão, mediante o estudo, graças a existência de boas escolas públicas, e uma mãe - do próprio - dedicadíssima, que conseguiu o impensável: fazer um filho de pobre virar doutor. E, obvio, sua própria inteligência e determinação.
Zé Valde foi o garoto prodígio que, com o seu exemplo, encorajou uma multidão silenciosa de pataqueiros, feirantes, sapateiros e outras atividades, em geral de mera sobrevivência, a acreditar, focar, ser objetiva. E conquistar uma direção diferente para a própria vida.
Fez o Ginasial, hoje da quinta a oitava série, no Colégio Estadual Murilo Braga, turma de 1966, conseguindo, aos trancos e barrancos cursar o Colegial ou Científico – dois primeiros anos em Salvador, com inestimável ajuda de D. Sinhá, viúva de Euclides Paes Mendonça – concluindo no Atheneu em Aracaju, já em meio à nata de Itabaiana e a nobreza aracajuana. Ali prosseguiu, até colar grau em 17 de dezembro de 1974. Um feito gigantesco para sua condição sócio-financeira.
Jamais perdeu o jeitão moleque do Beco Novo. Amigueiro, farrista. Popular.
Enfim, vai-se mais um meu amigo. Mas ficam as lembranças da sua existência prolífica e exemplar para as futuras gerações.
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