domingo, 14 de fevereiro de 2010

Data infame

Dia 20 de fevereiro, no próximo sábado, completa 55 anos do assassinato do ex-intendente (hoje prefeito) de Itabaiana José dos Santos Queiroz, o Cajuza Queiroz.
Cajuza foi quem construiu o primeiro mercado público moderno – o hoje denominado Zezé de Benvenuto – além de normalizar de vez a iluminação pública por eletricidade.
Nunca nada ficou provado, como de costume no coronelismo nordestino, todavia todos sabem que houve envolvimento do então deputado estadual e líder político Euclides Paes Mendonça, no mínimo por acobertamento. Começava ali o descalabro, o descontrole, a falta de limites, o envolver de lideranças públicas com o banditismo cujos lastimáveis e esperados resultados só terminariam com o assassinato do próprio Euclides em 08 de agosto de 1963 e como eco macabro, o também assassinato de Manoel Teles em 31 de agosto de 1968. A escalada de violência, a perda de controle de fato foi iniciada com a morte de dois eleitores no dia da eleição, em 1954; porém, a morte de Cajuza provou que os ensandecidos não conheciam limites. Durante o governo de Leandro Maciel, o qual cobriu Euclides de todas as garantias, várias pessoas foram mortas ou desapareceram, e centenas abandonaram Itabaiana.
Nestes tempos de lideranças enfraquecidas e urubus se oferecendo para serviços de qualquer natureza, nunca é demais lembrar aqueles tempos bicudos e vergonhosos para seus protagonistas e para a própria História do município.
Saíram todos espondongados. Muitos até com vergonha de ouvir falar naqueles tempos.