Tópico na coluna de Cláudio Nunes desse dia 17, no portal Infonet traz à tona um problema trissecular e aponta para um fato interessante: enterraram um sapo no Baixo São Francisco, ao menos no que diz respeito ao convívio da Igreja Católica com proprietários locais. Desta feita há ameaças ao padre Isaías e mesmo ao bispo da Diocese de Propriá, D. Mario Rino Sivieri, todavia, essa história é antiga e os que se acharam sob o cetro de D. José Brandão de Castro tiveram muitas dificuldades, especialmente em 1982 quando em Ilha das Flores o padre foi posto a correr.
Mas, recuando um pouco mais vamos chegar em 20 de novembro de 1711, com as primeiras confusões, desta feita em Neópolis, então um simples povoado, e que forçou ao governo geral enviar tropas para sufocar levante na região. A igreja, como sempre ocorria naqueles tempos chegou bem cedo à povoação
(Carta que se escreueo ao Vigr° de Seregipe del Rey Ant° de Souza de Brum, sobre
o leuantam.to dos moradores da Villa noua do Ryo Sam Franc°. Da mesma data.
Anais BN-Rio, Vol. 10, p.86).
Em 24 de fevereiro de 1754, a Câmara Municipal
“da Villa Nova Real del Rey do Rio de S. Francisco”,faz representação contra o Padre Joaquim Marques de Oliveira. A confusão rolou por mais de quatro anos. Somente quando veio o reforço militar e as negativas das cortes de Lisboa sobre a pretendida remoção do padre é que os ânimos se acalmaram. Em 1757, fruto dos tempos da organização administrativa de Pombal, em artigo escrito para a Real Academia de Lisboa o padre deu a primeira descrição minuciosa da região, inclusive da instabilidade das terras na boca do São Francisco onde fica o famoso povoado Cabeço.
Em 05 de outubro de 1761 o desembargador Joaquim José de Andrade oficia
"ao governo interino da Bahia, informando ácerca da syndicância a que procederadentre as quais Pacatuba e Ilha de São Pedro (Japoatã era então dos jesuítas). As mesmas confusões de terras atuais.
sobre o procedimento dos Padres Barbadinhos italianos que tinham estado nas
Missões junto ao Rio de S. Francisco",
Em setembro de 1788, segundo ofício do arcebispo D. Antonio Corrêa, de 09 daquele mês, a tragédia se confirma: foi assassinado
"o Padre Luiz Coelho de Almeida, Vigário encommendado da freguezia de Santo(do Urubu de Baixo, ou seja, Propriá). A freguezia era a segunda do município de Neópolis.
Antonio da Villa do Rio de São Francisco"
Em 1792, uma representação de Antonio Gomes Ferrão Castelbranco que se apresentou como
“Fidalgo cavalleiro, na qual pede que sejam cassados os autos de medição eOu seja: mais uma vez o problema da terra.
repartição de umas terras pertencentes ao morgado instituido por seu avô o
mestre de campo Pedro Gomes (...)e dadas as necessarias providencias para o
supplicante no ser inquietado pelos mesmos Índios e pelo seu missionario Fr.
Isidoro Vignale, religioso italiano Barbadinho.”
Deixemos as confusões de desde então em banho-maria, já que foram muitas e dá um livro de no mínimo 600 páginas.