quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

ENQUANTO CORRIA A BARCA*

 

Hoje à tardinha, em passagem rápida pela Área de Lazer da Praça Etelvino Mendonça, Centro de Itabaiana tive um momento especial; uma viagem mental aos meus onze anos, quando puxei, pela primeira vez a corda de uma barca na festinha de Reis do povoado Mangabeira, zona rural de Itabaiana, onde nasci e tenho o umbigo enterrado, passando pela minha primeira vez, já no ano seguinte, na festa exatamente na mesma Praça Etelvino Mendonça, super empoeirada – e assim continuou até 1993 – enfim, desde então.
A frenética montagem dos últimos brinquedos para a feirinha que deve começar neste fim de semana e alongar-se-á provavelmente até o dia 8 de janeiro, dois dias após o Dia de Reis, que cairá na primeira sexta de janeiro está de vento em popa.

Montagens a pleno vapor hoje à tardinha.

Os tempos são outros. Os casais de namorados não são exatamente como os de trinta ou cinquenta anos atrás; os paqueras tem outra linguagem na abordagem; nem mesmo as músicas, românticas até dor de cotovelo mais existem; estão fora de moda. E os recadinhos com declarações cifradas ou não pelos alto-falantes desapareceram, nem mesmo os sarcásticos se veem. Mas o parquinho ou feirinha, tanto faz, ainda encanta; mesmo com a concorrência de mil e uma novidades no entretenimento.
Detalhe: não faltarão as bancas de jogos. As apostas com prêmios em goiabadas certamente estarão presentes.
Neste ano, especialmente eu devo levar Elisa, minha neta. E que os linguarudos não maldem que é em proveito próprio; é que ela só tem três aninhos: precisa de um adulto para lhe tomar de conta, né?
Que venha mais um natal e seus sonhos e ilusões!

O Natal há exatamente um século


*Verso da canção “Preta, pretinha”, com os Novos Baianos. Na minha modesta opinião, o melhor simbolismo da Feirinha de Natal.