domingo, 7 de fevereiro de 2010

Mais sinais preocupantes.

Que o motor da crise do sub-prime nos Estados Unidos é muito mais violento em Itabaiana, disso ninguém medianamente informado por aqui tem dúvida. Há dinheiro de mais de sobra e opção de menos para investimento. Em alguns casos, um imóvel em Itabaiana vale dois similares em estrutura física e localização equivalente em Aracaju. Pois bem. Mas os aluguéis, também não ficam atrás.
A implantação das universidades, em especial, o campus da Federal em Itabaiana trouxe um certo alento de recompor parte do segmento intelectualizado da cidade, a maioria na capital ou em processo de fuga para lá. Ocorre que o santo exercício da usura, aliado à completa falta de uma política habitacional afugentou praticamente todos os profissionais para outras plagas (apenas três fixaram residência aqui). Algo como cem pessoas. Gente com renda entre três e dez mil reais; que declararia Imposto de Renda aqui, aumentando o cacife do FPM (e estes não tem como sonegar; ganham do governo), além de certamente gastar, pelo menos 40 por cento de suas rendas em nosso comércio.
Como diz um amigo meu: vai embora uma família do “Morumbi”, chegam três na invasão.
Foi a requalificação social proveniente do grande aporte de funcionários graduados da década de 40 que começou a dar a Itabaiana a cara de uma cidade. Como exemplo, Associação Atlética de Itabaiana, uma invenção do Dr. Gileno Costa Almeida.
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P. S. Morumbi é como é apelidada uma zona de predominância de classe média alta no Bairro Anizio Amâncio de Oliveira, numa referência à região de correspondente situação na Cidade de São Paulo, capital do Estado de mesmo nome.