sábado, 12 de abril de 2008

Espetaculoso

Aproximadamente trinta policiais por volta das dez e trinta da manhã deste sábado, portando armamento médio, em cinco caminhonetões estavam a prender uma motocicleta tipo Bizz na feira das trocas ao lado do Estádio Presidente Médici. Não vi, nem perguntei se prendeu o “inocente” portador do objeto.
Eis pra que servem os mais de cem reais que pago ao governo do Estado só nas contas de água, luz e telefone – aquelas que não têm como sonegar.
Enquanto isso ninguém pode se arriscar a esquecer a porta aberta e pistoleiros continuam à solta. Inclusive aquele, ou aqueles, que previsivelmente mataria o paciente no Hospital Regional Dr. Pedro Garcia Moreno Filho, depois de já ter atentado contra vida do infeliz. Só a briosa Policia Civil não sabia disso e deixou-o, e ao hospital, à mercê dos “justiceiros”.
Sobre o inquérito de Tonho Cabaré é melhor lembrar uma observação dita pelo então senador paraibano Humberto Lucena em entrevista ao jornalista Heródoto Barbeiro na TV Cultura de São Paulo à época do processo que expulsou Fernando Collor da Presidência da República. A de que “parecia que o homem foi uma miragem; nunca sequer morou na cidade”. Referia-se ele aos trabalhos da CPI da Câmara em Itabaiana – a pior que disse ter participado - em agosto de 1963, para apurar a morte do deputado federal Euclides Paes Mendonça. Ninguém disse nada aqui que fosse relevante ao processo; e a CPI encerrou-se por falta de dados, e naturalmente de provas. Aqui “as justiças se não fazem” como já constatava o ouvidor-mor Magalhães Paços em 1799.