quarta-feira, 9 de abril de 2008

Resumo lamentável.

“Tudo que se quis, se fez; e o que se não fez foi porque se não quis.” Alguém cravou essa frase que li ainda na minha adolescência e da qual nunca me esqueci.
Ouvindo um dos vários programas de radio-jornalismo local neste 09 de abril pela manhã confirmei mais uma vez tal assertiva.
O locutor comandante do programa a exaltar a forma violenta com que houve o desfecho do famoso caso Pepita onde o adolescente foi vitimado pela mesma violência de que provavelmente fora vítima durante toda a vida e morreu pela mesma. O mesmo a verberar contra a atitude de um procurador da República que, a exemplo de todas as pessoas que ainda acreditam que uma civilização vá além da posse de bens tecnológicos como carro e computador, resolveu questionar a mania de bandos de justiceiros que se estabeleceu na sociedade sergipana, onde matar “bandido” é a coisa mais natural do mundo.
Dessa forma, rotula-se algum marginalzinho sem periculosidade alguma de bandido perigoso. A mídia vende notícia; o policial mostra serviço e os cães humanos à procura de mais uma carne fresca se refestelam a cada execução. (veja também aqui)
Conclui-se, portanto, ao ouvir tal afirmação da parte de um responsável pela educação social que está tudo perdido. Isso mesmo! Mesmo que não o queira, um comunicador, de qualquer espécie é um agente de educação. Ou deseducação social. Ao bem da civilidade está proibido até de endossar o clima de “mata e esfola” realimentado por toda a sociedade que, dessa forma safa-se de resolver os verdadeiros problemas. De trabalhar, enfim; já que educar dá muito trabalho. De estimular a sociedade da justiça da pistolagem.