quinta-feira, 25 de agosto de 2022

MUSICALÍSSIMA.

Sediando a mais antiga instituição musical do Brasil em atividade – a Filarmônica Nossa Senhora da Conceição; e com a longevidade de um município que está entre os 50 mais antigos do Brasil, precisamente 325 anos no próximo 20 de outubro - seria de se esperar que hoje Itabaiana estivesse entre os produtores de cérebros musicais do país. Aparentemente, não. Contudo, não temos muito do que reclamar.
Fruto da Filarmônica Nossa Senhora da Conceição, um garoto aprendiz com seu próprio pai, então maestro da mesma, se destacou nacionalmente com o advento do rádio no país, se convertendo ao lado de feras como Donga, Pixinguinha e demais velha guarda da MPB num dos criadores de um dos mais gostosos ritmos musicais brasileiros, o chorinho: Luiz Americano Rego.
Independente de influência da citada Filarmônica, porém com a genética musical serrana, transmitida por D. Josefa da Silva Rocha, sua filha Adileia - a diva Dolores Duran – tornou-se gigante; uma das mais importantes na história da Música Popular Brasileira.
A República Velha, que tudo atrasou no país, por uma questão de exclusão forçou a migração onde deu nos dois casos de sucessos citados.
As décadas de 40-70 foram pobres na produção da genialidade musical serrana, porém, a década de 80 já se inicia com leve efervescência local, com um pé no marcante grupo Cataluzes e especialmente... Antônia Amorosa. E a década termina com o nascimento daquele que hoje está entre os dez - talvez os cinco - maiores instrumentistas brasileiros, também cantor e compositor, Mestrinho.
A enorme, muito bem vinda expansão da Nossa Senhora da Conceição, de desde o início da década de 90, além da qualificação individual em dela frutos diretos têm influenciado essa mesma qualificação em indivíduos e até novos grupos, como é o caso da SOFIVA de uma década para cá.
E eis que um sonho alimentado por mim, pelo então companheiro de rádio Gilmar Carvalho e por tantos outros, embalados pelo histórico do s programas de calouros dos anos 60 de Daniel Barros e de Djalma Lobo, justo com o frenesi criado pela iniciante Rádio Princesa da Serra, lá pelos 80-82 chega neste sábado na sua segunda edição.
Mantida a excepcional qualidade, tanto em letras como em arranjos, melodias... nesse sábado, 27, os jurados terão a mesma dificuldade que tivemos há um ano em julgar, com composições de alto nível, e que pena que não as ouvi transformada em hits da parada musical.
Neste ano eu não farei parte do grupo de jurados. A presença de um amigo, confrade na Academia Itabaianense de Letras e ex-aluno da Nossa Senhora da Conceição; de outro amigo e confrade, da SOFIVA me levou para a torcida, tirando do júri.
Uma excelente final.
Vou estar na plateia me deliciando com as criações que, por uma pequena amostra já ouvida vai dar trabalho aos jurados em decidir.