domingo, 28 de setembro de 2008

Licença pra badernar.

Hoje você é quem manda /falou tá falado não tem discussão, não./ A minha gente
hoje anda/ falando de lado e olhando pro chão, viu!

HOLANDA, Francisco Buarque de. Apesar de você.


Em lugar de gente no comando sequer isso ocorreria. Ocorre que aqui tem “espertos”, gente “sabida”, e aí, se alguém importante se sentir incomodado e reclamar – e pegar mal - um lado aponta o dedo pro outro; as torcidas virão em providencial socorro e, tudo bem.
Eu gostaria de saber quantos votos a mais é somado a qualquer dos dois candidatos a cada tiro dado por estas descargas infernais que a molecada põe nas motocicletas em dias de comício (badernaço?). E não me venham os senhores candidatos majoritários e seus prepostos com essa de que não têm nada a ver com a baderna instalada em certos dias de campanha por aqui. Lei? Loi, c’est moi! Aqui “a Lei não vale”, já foi dito. Aí, ao belíssimo espetáculo em que se transforma a cidade engalanada, repleta de bandeiras que mais parece um Fla-Flu (mesmo que sugira certa breguice), soma-se a deprimente zoeira infernal de escapamentos de motos, buzinas, motores turbinados, cornetas, mini-trios ensurdecedores... o diabo. Aliás, não já bastam estes e sua já ensurdecedora barulheira. A polícia? Ah, a polícia. Está interessada em outros afazeres desde os “mais nobres” como garantir carretas e passeatas – com todo o barulho acima descrito – a outros nem tanto.
Itabaiana é assim mesmo. Dizem.