quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Boas intenções.

Hoje pela manhã, num “tour” de trabalho passei pelo miolo do Projeto Jacarecica I e, mais uma vez vi como se opera um milagre. Num lugar onde a anos atrás somente existia pasto de baixa qualidade para o gado no inverno e terra ressequida no verão, ora saltam verdes plantações de frutas, verduras e legumes. Em menor monta vi isso também em alguns povoados onde perigosamente seus agricultores estão usando água de poço pra irrigação. Digo perigosamente pelo fato da salinização irreversível do terreno. Por outro lado, na banda sul do município, no Projeto Ribeira ocorre algo semelhante ao Projeto Jacarecica, apesar de alguns gargalos ultimamente denunciados na mídia.
Bem, mas também hoje pela manhã, segundo leio e ouvi na mídia, também houve o encontro sobre empreendimentos realizados pela novata Secretaria de Planejamento, Indústria e Comércio do município que envolveu várias autoridades do mesmo e até do Estado, além de boa quantidade de empresários, reais e pretensos, com a finalidade de estudar viabilidades econômicas para Itabaiana. Isso é bom. Todavia, também é bom, não perder o foco de que o poder público não pode inventar, quando o assunto é economia direta; quando mexe com os humores de empreendedores privados. O exemplo disso está nas inúmeras tentativas de indução ao progresso econômico em variados projetos falidos no Nordeste, em Sergipe e até mesmo em Itabaiana. Ao contrário, quando se aproveita uma tendência - o caso da irrigação com os projetos acima referidos – os resultados são impressionantes.
Sou de uma geração que cresceu colhendo benefícios dos investimentos macro-econômicos feitos pelo Estado, e que por isso, abomina o jargão neoliberal da não intervenção estatal no processo econômico. Entretanto, é preciso ter em mente que há limites que devem ser respeitados e que, pelo seu natural gigantismo, o Estado, não importa a esfera em que esteja há que ser muito criterioso em deitar tais investimentos sob o risco de desastre humanitário, financeiro e até político de seus operadores. Enfim, sonhar é preciso.