sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Nada a ver.

A muito bem escrita opinião do radialista e blogueiro Edivanildo Santana (aqui) de repente me reportou a um acontecido recente. É que quando lancei o terceiro bloco do documentário que a duras penas venho produzindo sobre a História de Itabaiana, com justiça e fidelidade aos fatos coloquei como um dos símbolos da mesma História o finado prédio do vapor, motivo de contenda judicial por décadas entre José Carlos Machado e outros herdeiros do saudoso Joãozinho Tavares. Sintomaticamente, deixei como brinde a uma determinada pessoa uma cópia do mesmo na quinta-feira e no domingo seguinte – viria a saber só na quarta-feira posterior – retroescavadeira, enchedeira, e caçambas limparam o terreno que ora serve de lixeira e ponto de camelôs de CDs piratas. Sopraram-me que ao chegar em mãos de autoridades da Cultura do Estado alguém haveria ventilado a hipótese de tombamento do mesmo. O dito cujo foi “tombado” rapidamente em nome dos que tem medo do passado.
Em tempo e que fique claro: até onde eu saiba, o terreno, ex-símbolo da História de Itabaiana não é de Machado.

Nada a ver II
Quando fazia levantamentos biográficos acerca dos vereadores de Itabaiana deparei-me com situações de início inusitadas, depois constrangedoras. Encontrei muita gente que simplesmente se negava a ser parente de determinados vereadores, inclusive sem tanta visibilidade histórica. Depois de muito refinar as sobreditas buscas acabei por descobrir os motivos para tanto escapismo: passagens nada abonadoras na vida das figuras em questão e que descendentes seus preferem esquecer-lhe a lembrar-se do dito e consequentemente trazer nódoas ao nome da família.
Detalhe: todos os que me foram sonegados pelas respectivas famílias tiveram seus momentos de glórias efêmeras; de ouro de tolo; e morreram senão na miséria, pior: desrespeitados. Mal-afamados e desprezados.
Vida de esperto é isso.
...
Correção:
O artigo supra-citado no blog de Edivanildo Santana - somente depois é que percebi - trata-se de uma reprodução de artigo do advogado e vereador Olivier Chagas, do PT itabaianense, portanto oposição a Machado. Disso não se conclui que o objeto seja falso; nem modifica a minha visão sobre a boa construção do mesmo. Apenas lembro aqui que pode ser - e por natureza o é - peça publicitária partidária do representante popular itabaianense.